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14 de agosto de 2011

MATERIAL DE APOIO PARA ALUNOS DE RECUPERAÇÃO CPII/USCII 7o Ano.

Mercantilismo: as primeiras relações de mercado na Europa Absolutista (XV/XVI)

Com o rei como chefe político do Estado, começava a aparecer na Europa as monarquias absolutistas. O monarca se caracterizava por absoluto por atribuir à sua autoridade: o poder de um nobre, a importância de um chefe militar, o maior controle de terras e a popularidade. Os reis abriam espaço na sociedade para criar uma nova rede social para envolver a todas as classes sociais: nobre, clero, burgueses e camponeses.

A nobreza e o clero apoiaram o rei como forma de manter o prestigio social adquirido no feudalismo, como a arrecadação de impostos e dízimos, e o clero atribuía um número maior de fiéis.

Mas e a burguesia?

Enquanto uma nova classe da Idade Moderna, os burgueses ampliaram as relações comerciais por meio do apoio real. O rei procurando um controle maior dos ganhos produzidos pela burguesia decidiu criar leis que apoiassem o fortalecimento do comércio, buscando ampliar as riquezas do Estado.

O mercantilismo começava a aparecer na Europa como um sistema econômico com o objetivo de acumular riqueza para o Estado Nacional Absolutista. A idéia de acumulação mercantilista estava associada ao controle do monarca sob os ganhos do Estado, ou seja, a sociedade produz para o enriquecimento dos reis absolutistas.

Para isso, o rei precisou criar metas de enriquecimento, visto que, um Estado rico era aquele que obtivesse um império repleto de metais preciosos, terras, especiarias e escravos. O metalismo se colocava como a busca de metais preciosos cujo objetivo era a aquisição de ouro e prata. Com as minas de ouro e prata esgotadas, os europeus investiram nas expansões marítimas, ou seja, aventura em alto mar e viagens de caravela, que buscavam novas rotas comerciais pelo oceano Atlântico: o “mar tenebroso” até chegar ao Oriente.

As especiarias orientais fizeram da Índia (Calicute) o porto onde os portugueses buscavam condimentos, temperos e metais preciosos. Tudo que era trazido pelas naus européias, que pertenciam ao rei. Era ele quem possuía o monopólio do comercio, das rotas comerciais das Índias Orientais.

O rei financiava a burguesia nas expedições e cobrava impostos e taxas pelo comércio de mercadorias sobre tudo que era trazido e produzido. A balança comercial do Estado deveria sempre estar favorável através do equilíbrio de importações e exportações. Para conseguir um Estado Nacional rico era importante proteger a burguesia nacional cobrando taxas alfandegárias dos produtos que viessem de fora. O protecionismo se caracterizava pelas tarifas impostas sob os produtos estrangeiros, buscando frear a competição no comercio nacional, visto que, neste território, a burguesia nacional, e não a internacional, deveria ser soberana.

O século XV deu inicio a Idade Moderna. As expansões marítimas ampliaram as relações comerciais e a perspectiva cartográfica do mundo. A descoberta de novos continentes pelos europeus como a América e a África, possibilitou o encontro com culturas tradicionais, tribais, povos indígenas e grandes reinos.

O colonialismo se caracterizou por um mecanismo de dominação e ocupação das terras recém descobertas, onde a assimilação cultural e o genocídio foram responsáveis pela morte de milhares indígenas no continente americano, já que o objetivo central dos europeus era o domínio das terras e dos metais preciosos.

No Estado Absolutista o rei acreditou que o prestígio social seria fundamental para afirmar o seu domínio sob a burguesia. O erro foi acreditar que a burguesia não alcançaria um território maior que o da própria nobreza, e para isso acontecer o mercantilismo foi o responsável pelo surgimento das primeiras noções de lucro capitalista.

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