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3 de setembro de 2012

HISTÓRIA DA ARTE: BARROCO E ROMANTISMO


O BARRROCO. Características gerais

São Franscisco recebe os estigmas. Caravaggio.
A arte Barroca se desenvolve no século XVII. Foi um período de grandes mudanças na Europa da Idade Moderna. O fato histórico mais importante que influenciou diretamente o Barroco foi a Reforma Protestante, na Alemanha, precedida por Martinho Lutero. Nesse período do séc. XVI a pintura, a escultura e a arquitetura já manifestam um novo estilo, como iremos a observar através das obras dos pintores desta época.
A arte Barroca teve origem na Itália, logo se espalhou por outros países da Europa e chegou a América, trazida pelos colonizadores portugueses e espanhóis.
Apresentando características diferentes em vários países.
As obras barrocas romperam o equilíbrio entre o sentimento e a razão ou entre a arte e a ciência, que os artistas renascentistas procuram realizar de forma muito consciente; na arte barroca predominam as emoções e não o racionalismo da arte renascentista.
Foi uma época de conflitos espirituais e religiosos. O estilo barroco traduz a tentativa angustiante de conciliar forças antagônicas: bem e mal; Deus e Diabo; céu e terra; pureza e pecado; alegria e tristeza; paganismo e cristianismo; espírito e matéria.
Suas características gerais são:
  • emocional sobre o racional; seu propósito é impressionar os sentidos do observador, baseando-se no princípio segundo o qual a fé deveria ser atingida através dos sentidos e da emoção  e não apenas pelo raciocínio.
  •  busca de efeitos decorativos e visuais, através de curvas, colunas retorcidas;
  •  entrelaçamento entre a arquitetura e escultura;
  •  violentos contrastes de luz e sombra;
  •  pintura com efeitos ilusionistas, dando-nos às vezes a impressão de ver o céu, tal a aparência de profundidade conseguida
Principais artistas:
Pintores italianos: Michelangelo, Caravaggio, Tintoretto e Andrea Pozzo.
Na arquitetura: Bernini (1598-1680). Projetou a Praça de São Pedro, Roma.
Pintores Espanhóis: El Greco e Velásquez.

Coração de Espinhos Aleijadinho. Obra do maior escultor da arte Barroca no Brasil.
 
O ROMANTISMO:

A Liberdade liderando o povo. Éugene Delacoix
O Romantismo foi um movimento artístico ocorrido na Europa por volta de 1800, que representa as mudanças no plano individual, destacando a personalidade, sensibilidade, emoção e os valores interiores.
O Romantismo atingiu primeiro a literatura e a filosofia, e depois se inseriu nas artes plásticas. A literatura romântica expressou-se pela leitura épica e lírica. O teatro romântico foi um movimento de vanguarda e que teve grande repercussão na formação da sociedade da época, ao contrário das artes plásticas, que desempenharam um papel menos vanguardista.
A arte romântica se opôs ao racionalismo da época da Revolução Francesa e de seus ideais, propondo a elevação dos sentimentos acima do pensamento. Curiosamente, não se pode falar de uma estética tipicamente romântica, visto que nenhum dos artistas se afastou completamente do academicismo, mas sim de uma homogeneidade conceitual pela temática das obras.
A produção artística romântica reforçou o individualismo baseando-se em valores emocionais subjetivos e imaginários, tomando como modelo os dramas amorosos e as lendas heróicas medievais, revalorizando os conceitos de pátria e de república. Atenção ao papel especial que desempenharam a morte heróica na guerra e o suicídio por amor.
No contexto histórico iluminista, o utopismo ganhou o romantismo como adepto. A ideia de revolução, de ruptura e de teorias revolucionarias inspiraram artistas e pintores, que diante de grandes fatos históricos utilizaram a arte como meio de expressão.
Na França e na Espanha, o romantismo produziu uma pintura de grande força narrativa e de um ousado cromatismo, ao mesmo tempo dramático e tenebroso. É o caso dos quadros das matanças de Delacroix, ou do Colosso de Goya, que antecipou, de certa forma, a pincelada truncada do impressionismo. A Revolução Francesa e seus desdobramentos serviram de inspiração; agora para uma arte dramática como pode ser percebida em Delacroix e Goya. Podemos dizer que este último, manifestou uma tendência mais politizada do romantismo, exceção para a época e que tornou-se valorizada no século XX.
A pintura foi o ramo das artes plásticas mais significativo, foi ela o veículo que consolidaria definitivamente o ideal de uma época, utilizando-se de temas dramáticos, sentimentais inspirados pela literatura e pela História. Procura-se no conteúdo, mais do que os valores de arte, um destaque aos efeitos emotivos cuja temática histórica substitui a pintura sagrada.
No plano estético, as cores se libertaram e fortaleceram a pintura, dando a impressão de serem mais importantes que o próprio conteúdo da obra. A paisagem passou a desempenhar o papel principal, não mais como cenário da composição, mas em estreita relação com os personagens das obras e como seu meio de expressão.
O massacre de 3 de maio de 1808. Goya.
O romantismo foi marcado pelo amor a natureza livre e autêntica, pela aquisição de uma sensibilidade poética pela paisagem, valorizada pela profusão de cores, refletindo assim o estado de espírito do autor.
A arquitetura do romantismo foi marcada por elementos contraditórios sendo um objeto menos expressivo. O final do século XVIII e inicio do XIX foram marcados por um conjunto de transformações, envolvendo a industrialização, valorizando a vida urbana. A arquitetura da época reflete essas mudanças; novos materiais foram utilizados como o ferro e depois o aço.
Ao mesmo tempo, as igrejas e os castelos fora dos limites urbanos, conservaram algumas característica de outros períodos, como o gótico e o clássico. Esse reaparecimento de estilos mais antigos teve relação com a recuperação da identidade nacional.
A urbanização na Europa determinou a construção de edifícios públicos e de edifícios de aluguel para a média e alta burguesia, sem exigências estéticas. As classes menos favorecidas foram desviadas para bairros cujas condições eram calamitosas.
Entre os arquitetos mais reconhecidos desse período historicista ou eclético, deve-se mencionar Garnier, responsável pelo teatro da Ópera de Paris; Barry e Puguin, que reconstruíram o Parlamento de Londres; e Waesemann, na Alemanha, responsável pelo distrito neogótico de Berlim.
A escultura romântica não brilhou exatamente pela sua originalidade, nem tampouco pela maestria de seus artistas. Talvez se possa pensar nesse período como um momento de calma necessário antes da batalha que depois viriam a travar o impressionismo e as vanguardas modernas. Do ponto de vista funcional, a escultura romântica não se afastou dos monumentos funerários, da estátua eqüestre e da decoração arquitetônica, num estilo indefinido a meio caminho entre o classicismo e o barroco.
A grande novidade temática da escultura romântica foi a representação de animais de terras exóticas em cenas de caça ou de luta encarniçada, no melhor estilo das cenas de Rubens. Não se abandonaram os motivos heróicos e as homenagens solenes na forma de estátuas superdimensionadas de reis e militares. Em compensação, tornou-se mais rara a temática religiosa. Os mais destacados escultores desse período foram Rude e Barye, na França, Bartolini, na Itália, e Kiss, na Alemanha.

VÍDEOS PARA APROFUNDAR OS ESTUDOS:

Barroco: 
Romantismo:

Linha do Tempo História da Arte:

Um comentário:

Escultura barroca disse...

Excelente postagem com ótimo conteúdo sobre arte barroca.