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16 de janeiro de 2011

Documentário "A INVENÇÃO DO CINEMA"

Uma viagem pela história do cinema

A história do cinema se inicia com o desejo do homem em captar e eternizar o tempo vivido. Com a invenção da fotografia no século XIX pelos franceses Joseph-Nicéphore Niépce e Louis-Jacques Daguerre foram abertos caminhos para o espetáculo que futuramente ficaria conhecido como cinema. Em 1833, o britânico W. G. Horner idealizou o zootrópio, jogo baseado na sucessão circular de imagens. Em 1877, o francês Émile Reynaud criou o teatro óptico, combinação de lanterna mágica e espelhos para projetar filmes de desenhos numa tela. Já então Eadweard Muybridge, nos Estados Unidos, experimentava o zoopraxinoscópio, decompondo em fotogramas corridas de cavalos. Por fim, outro americano, o prolífico inventor Thomas Alva Edison, desenvolvia, com o auxílio do escocês William Kennedy Dickson, o filme de celulóide e um aparelho para a visão individual de filmes chamado cinetoscópio. As primeiras montagens cinematográficas preocupavam-se com filmes de fantasia. As películas eram feitas em montagem de fotografias que usavam truques ópticos. Os pioneiros ingleses, como James Williamson e George Albert Smith, formaram a escola de Brighton dedicada ao filme documental e primeira a utilizar rudimentos de montagem. Na França, Charles Pathé criou a primeira grande indústria de filmes; do curta-metragem passou, no grande estúdio construído em Vincennes com seu sócio Ferdinand Zecca, a realizar filmes longos em que substituíram a fantasia pelo realismo. Ainda na França, no incio do século XX foram feitas as primeiras comédias, e nelas se combinavam personagens divertidos com perseguições. O comediante mais popular da época foi Max Linder, criador de um tipo refinado, elegante e melancólico que antecedeu, de certo modo, o Carlitos de Chaplin. Quando o cinema prosperou, pós 1ª Guerra Mundial (1914/1918), acirrou-se a luta entre as grandes produtoras e distribuidoras pelo controle do mercado. Esse fato, aliado ao clima rigoroso da região atlântica, passou a dificultar as filmagens e levou os industriais do cinema a instalarem seus estúdios em Hollywood, um subúrbio de Los Angeles. Ali passaram a trabalhar grandes produtores como William Fox, Jesse Lasky e Adolph Zukor, fundadores da Famous Players, que, em 1927, converteu-se na Paramount Pictures, e Samuel Goldwyn. Em 1917 foi criada a UFA, potente produtora que encabeçou a indústria cinematográfica alemã quando florescia o expressionismo na pintura e no teatro que então se faziam no país. O expressionismo, corrente estética que interpreta subjetivamente a realidade, recorre à distorção de rostos e ambientes, aos temas sombrios. Convictos de que o expressionismo era apenas uma forma teatral aplicada ao filme, F. W. Murnau e Fritz Lang optaram por novas vertentes, como a do Kammerspielfilm, ou realismo psicológico, e o realismo social. Murnau estreou com o magistral Nosferatu, eine Symphonie des Grauens (1922; Nosferatu, o vampiro). Nos últimos anos do czarismo, a indústria cinematográfica da Rússia era dominada por estrangeiros. Em 1919, Lenin, o líder da revolução bolchevique, vendo no cinema uma arma ideológica para a construção do socialismo, decretou a nacionalização do setor e criou uma escola de cinema estatal. Assentadas as bases industriais, desenvolveram-se temas e uma nova linguagem que exaltou o realismo. Destacaram-se o documentarista Dziga Vertov, com o kino glaz ou "câmara-olho", e Lev Kuletchov, cujo laboratório experimental ressaltou a importância da montagem. Os mestres da escola soviética foram Serguei Eisenstein, criador dos clássicos Bronenósets Potiomkin (1925; O encouraçado Potemkin), que relatava a malograda revolta de 1905; Oktiabr (1928; Outubro ou Os dez dias que abalaram o mundo), sobre a revolução de 1917; e Staroye i novoye (1929; A linha geral ou O velho e o novo), criticado pelos políticos ortodoxos e pela Enciclopédia soviética como obra de experimentos formalistas. No fim da 1ª Guerra Mundial ocorreu na França uma renovação do cinema que coincidiu com os movimentos dadaísta e surrealista. A vanguarda aderiu ao abstracionismo com L'Étoile de mer (1927; A estrela do mar), de Man Ray, e ao surrealismo com os polêmicos Un Chien andalou (1928; O cão andaluz) e L'Âge d'or (1930; A idade dourada), de Luis Buñuel e Salvador Dalí, e Sang d'un poète (1930), de Jean Cocteau. Com a introdução do som à imagem, a história do cinema ganhou um novo rumo. Os irmãos Warner apostaram seu futuro no arriscado sistema sonoro, e o êxito do medíocre mas curioso The Jazz Singer (1927; O cantor de jazz) consagrou o chamado "cinema falado", logo cantado e dançado. Dos Estados Unidos, os filmes sonoros se estenderam por todo o mundo, em luta com a estética muda. O cinema se converteu num espetáculo visual e sonoro, destinado a um público maior, e passou a dar mais importância aos elementos narrativos, o que levou a arte ao realismo e à dramaticidade do dia-a-dia.

Um olhar sob a história do cinema brasileiro

A chegada do cinema ao Brasil deu-se em 8 de julho de 1896, com a inauguração de um omniographo (variação do cinematógrafo dos irmãos Lumière) na Rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro. Os historiadores divergem quanto às primeiras filmagens feitas no Brasil. A versão que aponta o pioneirismo do registro da Baía de Guanabara pelo italiano Afonso Segreto, em 19 de junho de 1898, foi contestada pelos pesquisadores Jorge Capellaro e Paulo Roberto Ferreira, que encontraram evidências da exibição, em maio de 1897, de filmetes realizados no Brasil e exibidos em Petrópolis, com tecnologia do Cinematógrafo Edison. O final do cinema mudo no Brasil foi marcado pelo aparecimento de duas obras que alinhavam o Brasil com as vanguardas européias da época: o documentário São Paulo, sinfonia da metrópole (1929), de Rodolfo Lustig e Adalberto Kemeny, inspirado em Berlim, sinfonia da metrópole, do alemão Walter Ruttmann, e Limite (1931), obra única de Mario Peixoto que, com suas imagens sofisticadas, narrativa elíptica e trilha sonora erudita, encantou platéias na Europa e tornou-se uma lenda do cinema brasileiro. A falência ou retraimento dos estúdios cariocas e paulistas, alinhada à renovação do cinema na Europa e América Latina, abriu espaço para um sentimento revolucionário em jovens cineastas do Rio de Janeiro e da Bahia, que no início dos anos 1960 se insurgiam contra o industrialismo da Vera Cruz e a alienação cultural das chanchadas. Cada um com seu estilo e suas preocupações próprias, convergiam no interesse por um cinema barato, feito com "uma câmera na mão e uma idéia na cabeça", e que refletisse e discutisse a realidade brasileira sob um ponto de vista nacional-popular. Surgia o cinema novo, um divisor de águas da própria cultura brasileira. A face urbana do cinema novo foi desenhada por filmes como Os cafajestes (1962), O desafio (1965), de Paulo Cesar Saraceni, Cinco vezes favela (1965), filme em episódios de diretores diversos, A grande cidade (1966), de Carlos Diegues, e Terra em transe (1967), de Glauber Rocha. O cinema brasileiro incorporava ao seu rol de personagens as minorias, operários, desempregados, imigrantes e outros emblemas dos desequilíbrios sociais do país, além de dramatizar os dilemas dos intelectuais com o regime instalado pelo golpe militar do movimento de 1964. Inventava-se também uma nova estética mais espontânea, formalmente ousada e intencionalmente descolonizada em relação aos padrões de Hollywood. Foi o período de maior evidência internacional do cinema brasileiro. Paralelamente aos últimos momentos do cinema novo, desenvolveu-se, no Rio de Janeiro e em torno do bairro underground da Boca do Lixo em São Paulo, uma corrente de cineastas jovens mais preocupados com a contestação dos costumes e da linguagem cinematográfica que com o processo político-social do país, que inspiraram dezenas de filmes que rompiam com o intelectualismo do cinema novo e tentavam alcançar o público. Este tipo de escola ficou conhecida como Cinema Marginal. O cinema marginal revelou diretores como Andrea Tonacci (Bang bang, 1970), Elyseu Visconti (Os monstros de Babaloo, 1970), Fernando Coni Campos (Viagem ao fim do mundo, 1968), Luiz Rozemberg Filho (Jardim das espumas, 1970), Neville D'Almeida, Carlos Reichenbach Filho e Ivan Cardoso. Absorveu cineastas precursores do movimento, como os paulistas Ozualdo Candeias (A margem, 1967) e José Mojica Marins. Sua ruptura, porém, ganhou proporções anárquicas, que inviabilizariam o pretendido diálogo com o público. A Boca do Lixo paulista tornou-se, nos anos 1970, o centro de produção das pornochanchadas, gênero que se constituiu a partir do sucesso das comédias eróticas leves do início da década e foi desembocar num ciclo de pornografia explícita nos anos 1980. A pornochanchada, duramente combatida por muitos e defendida por outros como fonte de empregos e renda para o cinema do período, teve grande êxito popular em seu apogeu. O cinema contemporâneo brasileiro desenvolveu-se ao longo dos anos 1970 e 1980 sob as censuras do regime militar. Apenas a partir da década de 1990 é que indústria brasileira de cinema começou a se consolidar a partir de leis – como a Lei Audiovisual (1994), e intervenções do poder público. Hoje o cinema brasileiro vive o seu apogeu em termos de quantidade e qualidade de películas que são feitas para o público.

Ilha das flores - filme. Imperdível!

Um pouco de História! Conheça a origem do município Visconde de Mauá – RJ.

A região de Visconde de Mauá é um distrito do município de Resende, no Estado do Rio de Janeiro, que compreende o conjunto das vilas de Mauá, Maringá e Maromba. A geografia de Visconde de Mauá compreende além dos Vale das Cruzes, Alcantilado, Pavão e Grama parte dos municípios de Resende-RJ, Itatiaia-RJ e Bocaina de Minas-MG. Anteriormente a ocupação portuguesa, a região de Visconde de Mauá era habitada por diversas tribos indígenas que povoavam as margens do Rio Paraíba do Sul, como os tamoios, guarumirins, guaranazes, puris, tupinambás, temiminós, guarulhos, coropós e goitacazes. A principal etnia a se instalar na região foram os puris. Puri significa povo de pequena estatura. Estes indígenas possuíam a pele vermelha e cabelos lisos. Era um povo nômade, que morava sob folhas de bananeiras sustentadas por varas, onde acendiam fogueiras e estendiam redes. Os homens faziam armas, caçavam e guerreavam. As mulheres colhiam os alimentos e confeccionavam utensílios de barro e taquara. Por volta de 1780, a ocupação portuguesa contaminou com varíola os índios puris. Em 1788, os puris fugiram pela Serra da Mantiqueira e seguiram também para Minas Gerais. A ocupação de Visconde de Mauá se deu de forma lenta ao longo da colonização e adquiriu uma função agrícola somente a partir do século XIX com o 2º Reinado. O nome Visconde de Mauá homenageia Irineu Evangelista de Sousa, barão e depois visconde, que recebeu as terras da região em 1870. O Barão de Mauá teve muita importancia no crescimento industrial brasileiro durante o aquecimento da ecnomia em função da plantação e exportação do café. Foi ele quem desenvolveu ferrovias e impulsionou a industrialização nacional como forma de substituir as importanções e contornar o impacto economico surgido com a Tarifa Alves Branco adotada desde 1844. Como concessão do governo imperial para exploração de madeira, que seria transformada em carvão vegetal, o barão ocupa as terras hoje conhecidas como Visconde de Mauá. Em 1889, ainda no Império, seu filho, Henrique Irineu de Souza, instalou nas terras um núcleo colonial, formado por famílias de imigrantes europeus. A iniciativa fracassou e a maior parte dos colonos retornou aos países de origem. Em 1908 o governo federal compra as terras de Henrique e cria o Núcleo Colonial Visconde de Mauá, segunda tentativa de receber colonos europeus. Este núcleo acaba extinto em 1916. Algumas famílias alemãs permaneceram em Visconde de Mauá e, a partir da década de 1930, começaram a receber parentes e amigos vindos da Europa, iniciando a atividade turística na região. Na década de 1970, a vila de Maromba foi descoberta pelos hippies e, a partir dos anos 1980, começou a se tornar um dos destinos de montanha preferidos de turistas do Rio de Janeiro e São Paulo.

Barata de olhos verdes. Você conhece este inseto?