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29 de outubro de 2012

A GUERRA DO ÓPIO: INGLATERRA CONTRA CHINA



Desde que haviam começado a comercializar com os europeus, durante o século XVI, os chineses não se identificavam muito com os produtos ingleses. Os chineses preferiam vender seus artigos de luxo como a porcelana, seda, o chá e a canela; exigindo em troca apenas a prata como pagamento.
No século XIX, os ingleses finalmente acharam algo interessante para China: o ópio. O ópio era uma droga popular na China por ser considerada afrodisíaca, no entanto ela havia sido proibida desde 1799, por questões morais e de saúde pública. O ópio passou a ser contrabandeado pelos ingleses, que plantavam a droga na Índia, na região de Benguela, colônia inglesa. A Inglaterra passou a vender ópio de forma ilegal, repassando a droga para bandidos chineses, que por sua vez, repassavam a população. O contrabando de ópio era praticado principalmente pelos comerciantes ingleses situados em Cantão.
Durante a tentativa de dominação inglesa na China durante o século XIX, a Inglaterra se destacou na pressão pela abertura comercial aos produtos ingleses. Ocorreram duas guerras relacionadas à pressão pela liberalização do ópio e imposição do consumo pelos ingleses. A primeira no período 1839-1842 e a segunda no período 1856-1860. A primeira guerra do ópio foi iniciada pela Inglaterra usando como motivo o combate feito pelo imperador chinês Daoguang (1782-1850), que proibiu o contrabando de ópio, apreendendo os navios ingleses, decretando a prisão e expulsão dos traficantes. Em represália a força naval inglesa interviu na China cobrando os prejuízos após vencer a guerra.
Com a vitória da Inglaterra a China foi forçada a assinar o Tratado de Nanquim em 1842 pelo qual foi humilhantemente submetida a franquear ao comércio com a Inglaterra cinco portos e a extinguir a sua firma comercial encarregada de efetuar o comércio com os empresários ocidentais e pagar uma indenização de guerra e entregar ao domínio inglês a ilha de Hong-Kong, além de permitir que em cada um dos cinco portos permanecesse fundeado um navio de guerra inglês. A segunda guerra do ópio teve como motivo o fato de oficiais chineses terem revistado um navio de bandeira inglesa. Nesta segunda campanha a Grã-Bretanha teve como aliada a França. Com a derrota da China foi imposto o Tratado de Tianjin que obrigou a China a abrir mais 11 portos ao comércio com as potências ocidentais, a garantir liberdade de movimentação aos mercadores europeus e aos missionários cristãos.
A Guerra do Ópio ilustra não só o imperialismo inglês na Ásia, mas também nos fazem pensar que o tráfico de drogas, além de ser um comércio ilegal, cria uma rede de dependência econômica alicerçada no consumo e vício da população. Além disso, o imperialismo britânico na História da China é visto como os “100 de humilhação”, que só terminou com a Revolução Comunista em 1949.
As lições inglesas de liberalização da economia foram bem ensinadas na China. Hoje ela é uma grande potência mundial devido à abertura comercial e ao planejamento do Estado comunista.

VÍDEO:ÓPIO POR ELE MESMO E A GUERRA DO ÓPIO.

15 de outubro de 2012

Releituras Impressionistas

Na disciplina de História da Arte, a turma do 2o Ano do Ensino Médio do Colégio Internacional Signorelli aprofundou os estudos em artistas inspiradores do período e como resultado realizaram releitura de obras que mais interessaram os alunos. O resultado você acompanha nessa postagem!
Releitura de Ana Luísa Suzarte. Inspirado na obra de Van Gogh Moonrise
Van Gogh Moonrise
Releitura de Angélica Tinoco, inspirada na obra The Yellow Crist de Gaugin

The Yellow Crist por Gaugin
Releitura de Fernanda Coimbra, inspirada na obra A Cadeira de Van Gogh
A Cadeira por Van Gogh
Releitura de Hellen Shawanny e Thayane Matos, inspirada na obra Noite Estrelada de Van Gogh
Noite Estelada por Van Gogh
Releitura de Julia Echardt, inspirada na obra At  Eternity´s Gate de Van Gogh
At Eternity´s Gat Van Gogh
Releitura de Maria Luisa, inspirada na obra The Bridge de Alfred Sisley
The Bridge por Alfred Sisley
Releitura de Mariana Meireles, inspirada na obra Mulheres no Jardim de Claude Monet
Mulheres no Jardim por Claude Monet
Releitura de Pamela Saliba e Sarah Sharom, inspirada na obra O Quarto de Van Gogh
O Quarto por Van Gogh
Releitura de Paolo Rangel, inspirado na obra Noite Estrelada de Van Gogh
Noite Estrelada por Van Gogh
Releitura de Pedro Paulo, inspirada na obra Le Basi aux Nyphéas de Claude Monet
Le Basi aux Nyphéas por Claude Monet
Releitura de David Maggio, inspirado no auto-retrato de Van Gogh
Auto-retrato por Van Gogh

14 de outubro de 2012

A ditadura civil-militar (Por Dr. Daniel Arão Reis)

Marcha por Deus e pela Família 

Tornou-se um lugar comum chamar o regime político existente entre 1964 e 1979 de “ditadura militar”. Trata-se de um exercício de memória, que se mantém graças a diferentes interesses, a hábitos adquiridos e à preguiça intelectual. O problema é que esta memória não contribui para a compreensão da história recente do país e da ditadura em particular. É inútil esconder a participação de amplos segmentos da população no golpe que instaurou a ditadura, em 1964. É como tapar o sol com a peneira. As marchas da Família com Deus e pela Liberdade mobilizaram dezenas de milhões de pessoas, de todas as classes sociais, contra o governo João Goulart. A primeira marcha realizou-se em São Paulo, em 19 de março de 1964, reunindo meio milhão de pessoas. Foi convocada em reação ao Comício pelas Reformas que teve lugar uma semana antes, no Rio de Janeiro, com 350 mil pessoas. Depois houve a Marcha da Vitória, para comemorar o triunfo do golpe, no Rio de Janeiro, em 2 de abril. Estiveram ali, no mínimo, a mesma quantidade de pessoas que em São Paulo. Sucederam-se marchas nas capitais dos estados e em cidades menores. Até setembro de 1964, marchou-se sem descanso. Mesmo descontada a tendência humana a aderir à Ordem, trata-se de um impressionante movimento de massas.Nas marchas desaguaram sentimentos disseminados, entre os quais, e principalmente, o medo, um grande medo. De que as gentes que marcharam tinham medo? Tinham medo das anunciadas reformas, que prometiam acabar com o latifúndio e os capitais estrangeiros, conceder o voto aos analfabetos e aos soldados, proteger os assalariados e os inquilinos, mudar os padrões de ensino e aprendizado, expropriar o sistema bancário, estimular a cultura nacional. Se aplicadas, as reformas revolucionariam o país. Por isto entusiasmavam tanto. Mas também metiam medo. Iriam abalar tradições, questionar hierarquias de saber e de poder. E se o país mergulhasse no caos, na negação da religião? Viria o comunismo? O Brasil viraria uma grande Cuba? O espectro do comunismo. Para muitos, a palavra era associada à miséria, à destruição da família e dos valores éticos. É preciso recuperar a atmosfera da época, os tempos da Guerra Fria. De um lado, os EUA e o chamado mundo livre, ocidental e cristão. De outro, a União Soviética e o mundo socialista. Não havia espaço para meios-termos. A luta do Bem contra o Mal. Para muitos, Jango era o Mal; a ditadura, se fosse o caso, um Bem. No Brasil, estiveram com as Marchas a maioria dos partidos, lideranças empresariais, políticas e religiosas, e entidades da sociedade civil, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros (CNBB), as direitas. A favor das reformas, uma parte ponderável de sindicatos de trabalhadores urbanos e rurais, alguns partidos, as esquerdas. Difícil dizer quem tinha a maioria. Mas é impossível não ver as multidões — civis — que apoiaram a instauração da ditadura. A frente que apoiou o golpe era heterogênea. Muitos que dela tomaram parte queriam apenas uma intervenção rápida, brutal, mas rápida. Lideranças civis como Carlos Lacerda, Magalhães Pinto, Adhemar de Barros, Ulysses Guimarães, Juscelino Kubitschek, entre tantos outros, aceitavam que os militares fizessem o trabalho sujo de prender e cassar. Logo depois se retomaria o jogo politico, excluídas as forças de esquerda radicais. Não foi isso que aconteceu. Para surpresa de muitos, os milicos vieram para ficar. E ficaram longo tempo. Assumiram um protagonismo inesperado. Houve cinco generais-presidentes. Ditadores. Eleitos indiretamente por congressos ameaçados, mas participativos. Os três poderes republicanos eram o Exército, a Marinha e a Aeronáutica. Os militares mandavam e desmandavam. Ocupavam postos no aparelho de segurança, nas empresas estatais e privadas. Choviam as verbas. Os soldos em alta e toda a sorte de mordomias e créditos. Nunca fora tão fácil “sacrificar-se pela Pátria”. E os civis? O que fizeram? Apenas se encolheram? Reprimidos? A resposta é positiva para os que se opuseram. Também aqui houve diferenças. Mas todos os oposicionistas — moderados ou radicais — sofreram o peso da repressão. Entretanto, expressivos segmentos apoiaram a ditadura. Houve, é claro, ziguezagues, metamorfoses, ambivalências. Gente que apoiou do início ao fim. Outros aplaudiram a vitória e depois migraram para as oposições. Houve os que vaiaram ou aplaudiram, segundo as circunstâncias. A favor e contra. Sem falar nos que não eram contra nem a favor — muito pelo contrário. Na história da ditadura, como sempre, a coisa não foi linear, sucedendo-se conjunturas mais e menos favoráveis. Houve um momento de apoio forte — entre 1969 e 1974. Paradoxalmente, os chamados anos de chumbo. Porque foram também, e ao mesmo tempo, anos de ouro para não poucos. O Brasil festejou então a conquista do tricampeonato mundial, em 1970, e os 150 anos de Independência. Quem se importava que as comemorações fossem regidas pela ditadura? É elucidativa a trajetória da Aliança Renovadora Nacional — a Arena, partido criado em 1965 para apoiar o regime. As lideranças civis aí presentes atestam a articulação dos civis no apoio à ditadura. Era “o maior partido do Ocidente”, um grande partido. Enquanto existiu, ganhou quase todas as eleições. Também seria interessante pesquisar as grandes empresas estatais e privadas, os ministérios, as comissões e os conselhos de assessoramento, os cursos de pós-graduação, as universidades, as academias científicas e literárias, os meios de comunicação, a diplomacia, os tribunais. Estiveram ali, colaborando, eminentes personalidades, homens de Bem, alguns seriam mesmo tentados a dizer que estavam acima do Bem e do Mal.Sem falar no mais triste: enquanto a tortura comia solta nas cadeias, como produto de uma política de Estado, o general Médici era ovacionado nos estádios.Na segunda metade dos anos 1970, cresceu o movimento pela restauração do regime democrático. Em 1979, os Atos Institucionais foram, afinal, revogados. Deu-se início a um processo de transição democrática, que durou até 1988, quando uma nova Constituição foi aprovada por representantes eleitos. Entre 1979 e 1988, ainda não havia uma democracia constituída, mas já não existia uma ditadura. Entretanto, a obsessão em caracterizar a ditadura como apenas militar levou, e leva até hoje, a marcar o ano de 1985 como o do fim da ditadura, porque ali se encerrou o mandato do último general-presidente. A ironia é que ele foi sucedido por um político — José Sarney — que desde o início apoiou o regime, tornando-se ao longo do tempo um de seus principais dirigentes…civis. Estender a ditadura até 1985 não seria uma incongruência? O adjetivo “militar” o requer.Ora, desde 1979 o estado de exceção, que existe enquanto os governantes podem editar ou revogar as leis pelo exercício arbitrário de sua vontade, estava encerrado. E não foi preciso esperar 1985 para que não mais existissem presos políticos. Por outro lado, o Poder Judiciário recuperara a autonomia. Desde o início dos anos 1980, passou a haver pluralismo político-partidário e sindical. Liberdade de expressão e de imprensa. Grandes movimentos puderam ocorrer livremente, como a Campanha das Diretas Já, mobilizando milhões de pessoas entre 1983-1984. Como sustentar que tudo isto acontecia no contexto de uma ditadura? Um equívoco?
Não, não se trata de esclarecer um equívoco. Mas de desvendar uma interessada memória e suas bases de sustentação. 
São interessados na memória atual as lideranças e entidades civis que apoiaram a ditadura. Se ela foi “apenas” militar, todas elas passam para o campo das oposições. Desde sempre. Desaparecem os civis que se beneficiaram do regime ditatorial. Os que financiaram a máquina repressiva. Os que celebraram os atos de exceção. O mesmo se pode dizer dos segmentos sociais que, em algum momento, apoiaram a ditadura. E dos que defendem a ideia não demonstrada, mas assumida como verdade, de que a maioria das pessoas sempre fora — e foi — contra a ditadura. Por essas razões é injusto dizer — outro lugar comum — que o povo não tem memória. Ao contrário, a história atual está saturada de memória. Seletiva e conveniente, como toda memória. No exercício desta absolve-se a sociedade de qualquer tipo de participação nesse triste — e sinistro — processo. Apagam-se as pontes existentes entre a ditadura e os passados próximo e distante, assim como os desdobramentos dela na atual democracia, emblematicamente traduzidos na decisão do Supremo Tribunal Federal em 2010, impedindo a revisão da Lei da Anistia. Varridos para debaixo do tapete os fundamentos sociais e históricos da construção da ditadura. Enquanto tudo isso prevalecer, a História será uma simples refém da memória, e serão escassas as possibilidades de compreensão das complexas relações entre sociedade e ditadura.

DANIEL AARÃO REIS é professor de História Contemporânea da UFF
Texto retirado do site: http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/posts/2012/03/31/a-ditadura-civil-militar-438355.asp 

VÍDEO BORIS FAUSTO DITADURA MILITAR:

13 de outubro de 2012

O Brasil - Colônia por Boris Fausto (XVII/XVIII)

HISTORY GAME 9o ANO CPII 2o. TRIMESTRE


1)Qual é a relação do imperialismo com as alianças formadas entre as potencias no final do século XIX e inicio do século XX?
R: O imperialismo contribuiu para a ocupação de novas áreas territoriais voltadas para ampliação da produção e do consumo capitalista, com isso as fronteiras foram sendo demarcadas por áreas de influencia e exploração – a França e a Alemanha, por exemplo, disputavam a Alsácia-Lorena, uma região com fontes de carvão mineral. Tais disputas, justificaram a aliança entre países Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha (Tríplice Aliança), contra a França, Inglaterra e Rússia (Tríplice Entente).

2)Com o que estão relacionadas as causas profundas da 1ª Grande Guerra? Quais foram as causas imediatas, o estopim?
R: O imperialismo, o neocolonialismo e a política de alianças foram responsáveis pelas causas indiretas da 1ª Guerra. No entanto o estopim esteve relacionado com o pan-eslavismo russo e o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando – herdeiro do trono austríaco.

3) Descreva o Tratado de Versalhes.
R: O Tratado de Versalhes propôs aos vencidos clausulas territoriais, militares e financeiras. A França recuperava a Alsácia-Lorena da Alemanha. A Áustria e a Alemanha não formariam um mesmo país e ambas perderiam suas colônias e domínios territoriais. A Alemanha estaria proibida de produzir armamentos e ter um exercito maior do que 100.00 homens, e deveria pagar uma indenização aos países vitoriosos, saindo da guerra totalmente humilhada.

4)Explique o processo histórico que culminou na Revolução de Outubro de 1917 na Rússia.
R: A Revolução Russa esteve associada com o descontentamento dos camponeses e operários com o czarismo. O estopim da revolução esteve associado com a entrada da Rússia na 1ª Guerra Mundial e o agravamento da crise interna, responsável pela crescente pauperização da sociedade.

5)Descreva o governo de Lênin e a adoção da NEP.
R: O governo de Lênin foi o responsável por solidificar a revolução através da NEP – Nova Política Econômica: “Um passo para trás, dois para frente”. A NEP privatizou as empresas com menos de vinte trabalhadores, hierarquizou os salários e agrupou as fábricas estatais em trustes, com a obrigação de investir os lucros. Ela esteve responsável pelo crescimento da produção agrícola e industrial, além de impulsionar o comércio.

6)De que forma a URSS se organizou política e economicamente a partir do poder de Stalin.
R: O governo de Stalin contrariou as medidas iniciadas por Lênin, o que levou ao fechamento político, ao nacionalismo e a supremacia da indústria pesada sob as de bens de consumo.

7) O movimento modernista de 1922, iniciado com a semana da "Arte Moderna" em São Paulo, foi muito importante para as novas concepções artísticas e intelectuais do Brasil. Caracterize esse movimento.
R::Foi um movimento intelectual e artístico organizado pela jovem intelectualidade brasileira, que rompeu com a repressão ideológica dominante nas artes, com o objetivo de rever a cultura do país e valorizar, através das artes em geral, componentes nacionais e autenticamente brasileiros.

8) Um grande marco na história da arte brasileira foi a Semana de Arte Moderna, que ocorreu em fevereiro de 1922, e representou um grande painel da nova arte produzida no Brasil nas áreas de artes plásticas, música, dança, letras e arquitetura.Determine alguns dos principais artistas do período:
R: Os principais artistas que participaram da Semana de Arte Moderna foram Vicente do Rego Monteiro, Zina Aita, Pedro Américo, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti.

9) As revoltas sociais rurais ocorridas durante a Primeira República (1889/1930) apresentam Abordamos a grave situação de pobreza em que viviam as populações do sertão nordestino. A Revolta de Canudos (1896/1897) e o Cangaço (ocorrido desde 1870 até 1930) demonstram as reivindicações dos excluídos em relação a negligência do e a Guerra dos Canudos e o movimento do Cangaço.
R: O Cangaço foi um movimento social que reuniu um grupo de homens arados denominados cangaceiros, que lutavam contra a concentração de terra e a pobreza da população nordestina, que viviam explorada e submetida ao controle dos latifundiários. Os cangaceiros promoviam saques a fazendas, atacavam comboios e chegavam a seqüestrar fazendeiros para obtenção de resgates, quem não acatasse sofria violência. Existiram diversos bandos de cangaceiros. Porém, o mais conhecido e temido da época foi o comandado por Lampião (Virgulino Ferreira da Silva), também conhecido pelo apelido de “Rei do Cangaço”. O bando de Lampião atuou pelo sertão nordestino durante as décadas de 1920 e 1930. Morreu numa emboscada armada por uma volante, junto com a mulher Maria Bonita e outros cangaceiros, em 1938.
A rebelião conhecida como Guerra de Canudos deu-se em virtude da situação precária em que vivia a população, sem terra e obrigada a se submeter aos arroubos dos coronéis. As terras pertenciam aos grandes proprietários rurais – os conhecidos coronéis – que as transformaram em territórios improdutivos. Essa situação revoltou os sertanejos, que se uniram em torno de Antônio Conselheiro, o qual pregava ser um emissário de Deus vindo para abolir as desigualdades sociais e as perversidades da República, como a exigência de se pagar impostos, por exemplo.
Os moradores do arraial acreditavam ser ele um divino mestre, que já praticara até milagres. Antônio Conselheiro fundou o vilarejo denominado Canudos e os sertanejos e suas famílias para lá passaram a migrar.

10) Proclamada a República inicia-se um novo período na História política do Brasil: “A República Velha ou Primeira República”. A respeito dos primórdios da República é correto afirmar. A fase e o primeiro presidente da República foram respectivamente

a)República Oligárquica e Hermes da Fonseca.
b)República da Espada e Deodoro da Fonseca.
c)República da Espada e Floriano Peixoto.
d)República Oligárquica e Prudente de Morais.
e)República da Espada e Campos Sales.
R: [B]

11) A chamada “Política dos Governadores”, instituída a partir do governo de Campos Salles, caracterizava-se por:

a) permitir que a escolha do Presidente da República fosse resultado de um consenso entre os governadores e desta forma manter o grupo político no poder.
b) tornar os governadores um mero instrumento do poder do Presidente da República e impedir a formação de novas lideranças contrárias ao governo federal;
c) acordo político que consistia na troca de favores entre os governos federal, estadual e municipal para manter os grupos políticos no poder.
d) tornar os governadores representantes de um federalismo liberal e democrático com objetivo de renovar as lideranças políticas;
e) promover, através dos governadores, a desarticulação das oligarquias locais e promover a renovação dos grupos políticos e lideranças locais.
R: [C]

12) Os movimentos messiânicos eram mais comuns do Brasil do que imaginávamos. Além de Canudos, várias revoltas envolvendo seguidores destes movimentos eclodiram durante a primeira metade de século passado. Como o Messianismo foi possível?

a)Devido a concentração latifundiária, o estado de miséria dos camponeses, a prática do coronelismo e a forte religiosidade popular.
b)Devido unicamente a religiosidade do sertanejo que encontrava nas práticas do messias um conforto para a vida miserável que estava submetido.
c)Devido ao grande poder dos líderes messiânicos cujo prestígio era medido pela quantidade de eleitores que controlasse conseguindo desta forma se eleger para os cargos políticos.
d)Em virtude do temor que as profecias dos beatos causavam à população mais pobre, preferindo resignar-se a vida de perigrinações e orações para salvação da alma.
e)Em razão do clima de insegurança que assolava o campo causado pelo banditismo obrigando a população mais pobre abrigarem-se nos movimentos messiânicos para se proteger.
R:[A]

13) O coronelismo foi uma peça importante da perversa engrenagem que impedia a representatividade política da maioria da população, principalmente a parcela da sociedade mais carente. Podemos definir o coronelismo como:

a)Sistema de poder cujo grupo político que alternava-se no poder federal como forma de garantir a manutenção dos privilégios aos seus respectivos Estados.
b)Sistema de poder que consistia na troca de favores entre o poder estadual e municipal a fim de garantir seus interesses políticos utilizando práticas fraudulentas para vencer as eleições.
c)Sistema de poder no qual o coronel era uma peça secundária e sua participação era ofuscada pela Comissão de Verificação, pois na prática era esta quem declarava os candidatos eleitos.
d)Sistema de poder baseado no coronel o líder político local, grande proprietário de terras que usava jagunços para formar os currais eleitorais, através de práticas de intimidação ao eleitor.
e)Sistema de poder político que arregimentava grande número de seguidores a partir de suas pregações religiosas que convenciam os mais pobres a se submeterem ao seu controle.
R: [D]

14) A Primeira República ou República Velha foi um período da História política do Brasil que se caracterizou pelo afastamento do ideal da República. O que deveria ser um governo para todos na prática era um governo de poucos. Sobre os fatos com os quais podemos caracterizar a Primeira República estão:

I- Com o “voto de cabresto” os coronéis dominavam as clientelas rurais e manipulavam as eleições;
II- A política dos governadores consagrava a troca de apoio entre o governo federal e as oligarquias estaduais mantendo o mesmo grupo político no poder.
III- A política do café com leite foi o domínio da sucessão presidencial pelos cafeicultores de São Paulo e de Minas Gerais que alternavam-se na presidência da República.
IV- O Movimento dos Tenentes - o Tenentismo - que possuía caráter militar contribuiu para consolidar os governos da Primeira República.
V- As fraudes eleitorais eram exceção e não regra neste período, devido ao rigoroso trabalho de fiscalização do processo eleitorado efetuado pela Comissão de Verificação.

Assinale a alternativa verdadeira:
a) Apenas a alternativa I, está correta.
b) As alternativas I,II,III estão corretas.
c) As alternativas I,II,IV e V estão corretas.
d) As alternativas II,III e IV estão corretas.
e) Apenas a alternativa V está incorreta.
R:[B]

15) O modelo exportador, concentrador de riquezas e dependente, transformava o Estado Brasileiro em instrumento poderoso a serviço das velhas e das novas elites dirigente. Assinale a alternativa que apresenta o enunciado correto sobre a Velha República:

a)A Constituição de 1891 não estabelecia restrição à participação política da população nas eleições.
b)O operariado não se organizava, devido à receptividade nula sobre o socialismo e o anarquismo.
c)Definição da política de proteção às terras dos índios.
d)A entrada de empréstimos externos não contribuiu para a instalação de novas indústrias no início do Século XIX.
e)Surgimento do Movimento Tenentista, desencadeando a luta pela derrubada da oligarquia dos coronéis-fazendeiros.
R: [E]

16) Conceitue o movimento Tenentista.
R: O tenentismo foi um movimento social de caráter político-militar que ocorreu no Brasil nas décadas de 1920 e 1930, período conhecido como República Oligárquica. Contou, principalmente, com a participação de jovens tenentes do exército. Este movimento contestava a ação política e social dos governos representantes das oligarquias cafeeiras (coronelismo). Embora tivessem uma posição conservadora e autoritária, os tenentes defendiam reformas políticas e sociais. Queriam a moralidade política no país e combatiam a corrupção.

17) No Brasil, o acontecimento que teve início em 1912 e que opôs os habitantes pobres da região situada entre os rios Uruguai, Pelotas, Iguaçu e Negro às forças oficiais, ficou conhecido como

a) Guerra de Canudos.
b) Pacto das Pedras Altas.
c) Revolução Farroupilha.
d) Revolta da Armada.
e) Guerra do Contestado.
R: [E]

18) “O movimento operário no Brasil iniciou-se em fins do século XIX e tinha como principal objetivo colocar um fim à exploração capitalista e construir uma nova sociedade. Na década de dez do século seguinte, viveu anos de fortalecimento, quando as principais cidades brasileiras foram sacudidas por greves, sendo uma das mais importantes a de 1917, em São Paulo, em que 70 mil trabalhadores cruzaram os braços, exigindo melhores condições de trabalho e aumentos salariais. Os anos 1920, apesar de alguns avanços em termos de legislação social, foram difíceis para o movimento operário, que foi obrigado a enfrentar grandes desafios, entre os quais o recrudescimento da repressão por parte do governo. Apesar disso, não se pode deixar de reconhecer que foi nessa década que o movimento operário brasileiro ganhou maior legitimidade entre os próprios trabalhadores e a sociedade mais ampla, transformando-se em um ator político que iria atuar com maior desenvoltura nas décadas seguintes." (http://www.cpdoc.fgv.br/ nav_historia/ htm/ anos20/ ev_quesocial_movop.htm. Acesso em: 24-8-2003.)

Tendo como referência o texto acima, é CORRETO afirmar que

a) a classe operária assumiu a liderança da articulação sindical nacional, e sua principal conquista obtida pela greve de 1917 foi a criação do Ministério do Trabalho, cujo objetivo era enfrentar a questão social dos baixos salários.
b) os operários imigrantes tiveram participação expressiva na organização política do país e na criação de jornais, defendendo princípios oligárquicos e difundindo ideais vinculados ao totalitarismo, principalmente o nazismo e o comunismo.
c) o movimento operário no Brasil, nas primeiras décadas do século XX, recebeu forte influência do anarquismo e do anarco-sindicalismo, que fomentaram a criação, em 1932, do Partido Comunista Brasileiro, ligado à III Internacional.
d) a proibição do trabalho infantil até aos 12 anos e a fixação de jornada de trabalho diária de oito horas agitavam as principais bandeiras da classe operária, no início da organização sindical no Brasil.
e) sindicalismo brasileiro surgiu no ABC paulista, por meio da organização de greves nas grandes montadoras de automóveis e da superação das diretorias sindicais pelegas, apesar da grande resistência imposta pelos governos da Primeira República.
R: [D]

1 de outubro de 2012

O IMPRESSIONISMO


O tanque das Niféias, Claude Monet
O Impressionismo foi um movimento artístico que revolucionou profundamente a pintura e deu início às grandes tendências da arte do século XX. A primeira vez que o público teve contato com a obra dos impressionistas foi numa exposição coletiva realizada em Paris, em abril de 1874. Mas o público e a crítica reagiram muito mal ao novo movimento, pois ainda se mantinham fiéis aos princípios acadêmicos da pintura. O impressionismo rompeu com a perfeição academicista dando origem a arte moderna, na qual o sentimento do artista e, sobretudo, o olhar do mesmo para o objeto retratado ganham centralidade numa diversidade temática, que afastou-se da religião e da mitologia.
Principais características da pintura:
• A pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar, pois as cores da natureza se modificam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol.
• As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração do ser humano para representar imagens.
• As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores costumavam representá-las no passado.
• As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário, devem ser puras e dissociadas nos quadros em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser técnica para se óptica.
Principais artistas:
CLAUDE MONET
AUGUSTE RENOIR
VICENT VAN GOGH
EDGAR DEGAS
SEURAT
GAUGIN
 
VÍDEOS PARA AMPLIAR OS CONHECIMENTOS:
 
A VIDA DE VAN GOGH
 
 
RESUMO DIDÁTICO DO IMPRESSIONISMO