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23 de novembro de 2008

Museu Nacional: uma aula de História com o 6o Ano da Escola Degrau!

O Museu Nacional localizado na Quinta da Boa Vista no Rio de Janeiro abriga uma coleção de História Natural. Possuindo um bom acervo para a ilustração da Pré-História,e da Antiguididade em destaque para as civilizações Mediterrâneas: Grécia, Egito e Roma. Não podemos esquecer que além de trazer memórias, o Museu Nacional também possui uma História. Nele já moraram, Rainha Leolpoldina, D. Pedro II e Princesa Isabel. A rainha Tereza Cristina - princesa de Nápoles era uma estudiosa, e como D. Pedro II adorava ciência e arqueologia, sendo uma das fundadoras do museu e das primeiras peças da coleção, como os quadros achados após a erupção do vulcão Vesúvio em Pompéia- Roma, e a múmia trazida do Egito pelo próprio D. Pedro II. Aproveitem esta aula!

Alexandre O Grande. Nascido para reinar. Isabella 6º Ano. Escola Beit Menachem.

Um desabafo do grande conquistador:
Todos estavam felizes!O filho do rei da Macedônia tinha nascido. Um dia, quando eu tinha nove anos, costumava andar pelo curral e o cavalo Bucéfalo estava agitado e barulhento. Andei até ele e peguei sua cara e segurei-o para o sol. O cavalo ficou cego e consegui montá-o! Meu pai, orgulhoso me deu o Bucéfalo. No noivado de minha irmã, meu paio chamou toda a Macedônia para a festa. De repente um soldado saltou e matou o meu pai, o rei Filipe II. Neste momento jurei que iria continuar os objetivos expansionistas iniciados pelo meu pai, seguindo até Índia! E defendendo a cultura Helênica, procurarei respeitar a cultura dos outros povos buscando a união de todos em só! Com vinte anos fui para a guerra cumprir meu julgamento. Fiz guerra e venci quase todas, exceto uma na Índia – contra o rei Boro na região de Punjab. Estava chovendo. Todos os soldados estavam despreparados, o inimigo lutava com elefantes. Com muita brigas e negociação eu busquei uma trégua deixando o título de rei, o palácio, o governo e os territórios com Boro: um guerreiro bravo e corajoso. E assim, seguíamos espalhando a cultura helênica por este universo até então desconhecido. Como prova da união de meu império, casei-me com Roxana, mostrando respeito pela diversidade. No meu casamento cometi um grande erro! Fiquei bêbado, briguei com o melhor amigo do meu pai, e num impulso o matei. Pensei em continuar a guerra, mas por dentro estava triste. Pouco tempo depois morri de febre amarela.
Desenho: Sofia 6o Ano Escola Beit Menachem.

História: conhecer o passado e construir o futuro.

Fontes, documentos, imagens, películas, monumentos compõem vestígios do passado, da memória humana. No entanto, o conhecimento do passado é apenas uma chave para a compreensão de nós mesmos, de nossa identidade social e cultural. Por estas razões a História se coloca como uma ferramenta da descoberta do passado do homem e do conhecimento de seus feitos no tempo. Um tempo que não volta, mas que deixa vestígios e memórias por onde passa e em cada indivíduo através de mitos, narrativas, hábitos, costumes e, sobretudo, pela oralidade. Assim, a História se coloca como a senhora do tempo e cabe a nós desvendá-la por meio da curiosidade, da pesquisa e da vontade de conhecer o nosso passado para construir o nosso futuro! Neste sentido, é possível perceber que na dinâmica de construção do conhecimento, a História é fundamental para desvendar os sujeitos históricos, sem o compromisso de uma verdade única, e sim, com a certeza de uma reflexão crítica e de um passado escrito pela diversidade e diferenças culturais. Por isso, a disciplina de História do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, possui um compromisso de formar o jovem crítico que se perceba como construtor da sua História e peça chave da construção da nossa História. Um caminho que envolve a noção de respeito às diferenças, mas que ao mesmo tempo, desperte o interesse critico, participativo e cidadão que existe em cada um de nós. Desta forma, a prática educativa e o ensino da História caminham para a contextualização, a conscientização, problematização e critica de uma memória, que foi, que é e que no momento ainda se encontra em construção, e por isso depende do registro de todos.

DICA DE LEITURA – BLOG PENSANDO ALTO.

Bibliografia: “O Tesouro do Quilombo”. Ângelo Machado (Editora Fronteira, RJ. 2001) Imagine que você está sobrevoando o Triângulo Mineiro. Enquanto você observa a paisagem completamente diferente da sua casa barulhenta e agitada de shoppings, o sertão começa a aparecer, trazendo à vista de se perder na imensidão, a diversidade de vegetações e espécies. Neste cenário, indígenas falam dos conflitos de terra desde o período de colonização contra os bandeirantes, recriando um tempo onde existiam quilombos e tesouros! O livro “O Tesouro do Quilombo” de Ângelo Machado, conta a História a partir de uma aventura bastante interdisciplinar, atemporal e emocionante. Para o professor, como material didático em sala de aula, possibilita uma dinâmica de abstração e relação com o conteúdo do 7º ano, levando o aluno a discutir as resistências indígenas e africanas contra a escravidão e colonização que se seguiram desde o século XVI. Para o aluno, a aventura apresenta a possibilidade de você se tornar um pesquisador capaz de utilizar tecnologias, conhecimento, coragem e aventura, a ponto de dominar a língua Araxá, e assim, decifrar o significado da natureza para os indígenas desta cultura, em busca do tesouro escondido que pertencia ao rei do Quilombo Grande: Ambrósio! Não deixem de conhecer! Uma lição de História!

20 de novembro de 2008

Consciência Negra e conquista de direitos para os negros. Uma reflexão.

A liberdade no Brasil é uma palavra que assume diferentes significados na História. De acordo com a trajetória dos negros africanos no Brasil, ela atravessa os tipos de resistência contra a escravidão portuguesa, por meio dos quilombos, chegando ao alcance da liberdade individual e social com a compra da alforria, e a assinatura como novo cidadão em 1888 com a Abolição. No entanto, a integração do negro na sociedade continua a suscitar um debate em torno dos obstáculos e desigualdades raciais e sociais sofridas pelo mesmo ao longo de todos estes anos de História. E o dia de Consciência Negra como símbolo da resistência diária em um embate social, econômico e político na sociedade contemporânea, evoca Zumbi como símbolo da luta dos negros brasileiros contra o racismo, a falta de oportunidades e a pobreza que vive este extenso grupo étnico-social. Por isso, a importância de uma reflexão em torno da conquista de direitos para o alcance de uma cidadania plena capaz de reconhecer toda a diversidade cultural responsável pelos alicerces de nossa identidade nacional. Os movimentos sociais buscam o recorte de classe e raça retomando a História mal contada, e desgastada pela narrativa do papel econômico e escravista do negro. Sob uma nova perspectiva da narrativa sociocultural dos negros na historiografia, as desigualdades raciais no Brasil estão sendo interpretadas por meio da crítica à lacuna social que desloca a maioria dos negros aos bolsões de pobreza. Desta forma algumas situação e realidades estão começando a assumir uma nova História a partir de ações políticas voltadas para ações afirmativas direcionadas a igualdade de direito, ou melhor, efetivação de direitos. As Ações Afirmativas criam transformações! Permitem a diversidade de classe, raça e cultura nas universidades e um acesso direcionado a todos, mesmo que para contemplar um direito da maioria tenha-se que existir o reconhecimento e a reserva de espaço para uma aparente minoria.

6 de novembro de 2008

Aula de História no Museu Histórico Nacional! 7o Ano Escola Degrau

Reviver a memória de nossa História é muito importante. Por isso, uma aula de História ultrapasa os limites dos livros didáticos, do quadro negro e do giz, visto que, o encontro com os documentos, os monumentos e os sujeitos históricos torna-se essencial para a construção de nossa identidade cultural e nacional. Foi desta maneira, que o 7o Ano da Escola Degrau resolveu sair da sala de aula e aprender a História do Brasil através da exposição permanente do Museu Histórico Nacional: Oreretama. Nesta exposição, traduzida por "Nossa Terra", os indígenas ganham destaque por meio dos aspectos culturais, e a História passa a ser contada sob outras pespectivas por meio do acervo maravilhoso disponível pela institição. Este vídeo foi editado por mim - Profa. Clarissa, mas o registro ficou a cargo dos alunos! Confiram!