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30 de março de 2009

Interpretando as imagens na História.

Atividade: interpretando a charge. Com base no que aprendemos em sala de aula sobre a Idade Média, explique em um parágrafo o significado da Inquisição, uma prática de punições e sacrifícios, realizados pela Igreja Católica durante a Idade Média. Para responder a atividade, interprete a charge descrevendo quem eram os condenados e os motivos que levavam muitas pessoas a morrerem queimados em praças públicas. Quando estiver observando a imagem, repare no personagem, identifique que sujeito ele pode estar representando e pense em outros personagens que poderiam sofrer esta mesma punição. Não se esqueça de refletir sobre o pensamento da Igreja em relação a sociedade medieval. Bom trabalho! Charge feita pelo desenhista André Leite.

Uma viagem pela história do Corpo de Bombeiros

Heróis da sociedade: uma viagem pela história do Corpo de Bombeiros no Rio de Janeiro.

Emergência! Fogo! Acidentes no trânsito! Afogamentos! È só chamar 193 que os bombeiros estão chegando. A rapidez dos diais atuais se distancia completamente dos primeiros bombeiros existentes no tempo colonial. Em um incêndio as pessoas se organizavam como podiam. A emergência reunia um mutirão, e homens preparados traziam tonéis e barris cheios de água em carroças, ou aproveitavam os pontos de águas principais e estratégicos da cidade como bicas ou chafarizes, utilizando para o auxílio do combate baldes e mangueiras. A transformação dos mecanismos de salvamento traduz o processo de institucionalização dos bombeiros, assim como, a adoção e evolução tecnológica das ferramentas e materiais utilizados pela corporação para o combate de incêndios. A bomba d´água, por exemplo, foi inventada em Alexandria no ano de 250 a.C, em um modelo portátil com duas manivelas e saída para abastecimento com água. Este modelo continuou a ser usado pelos europeus por muitos anos, chegando no Brasil durante o século XVIII. Era preciso de quatro homens para manejá-la, por isso utilizavam-se carroças para levar a bomba e os tonéis com água. Junto aos primeiros bombeiros, os escravos auxiliavam de maneira obrigatória a emergência, mobilizando um número maior de pessoas. Com a chegada da Corte no século XIX, o rei Dom Pedro II criou o Corpo de Bombeiros Provisório da Corte em 1856, além disso, o rei investiu na troca das antigas bombas manuais pelas bombas à vapor, escadas, baldes de lona, mangueiras e cordas. Até 1881, o Corpo de Bombeiros possuía viaturas para o carregamento de bombas d´água, cavalos para tracionar as viaturas com água, materiais e oficiais. Em um pedido de socorro, anunciavam a chegada com o barulho do galope dos cavalos pelas ruas. No inicio do século XX, os carros à combustão chegavam ao Brasil. E em 1908, o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro é premiado com a construção do quartel central denominado: “Casarão Vermelho”, representando a importância da atuação desta instituição para a sociedade. Além da transformação arquitetônica, o corpo de bombeiros acompanhava do desenvolvimento tecnológico, adotando novas viaturas movidas à motores de combustão, e bombas d´água à vapor que pudessem ser adaptadas a estas novas viaturas. Essas mudanças permitiram a melhoria nos atendimentos e na realização dos socorros. As adaptações tecnológicas nos materiais e ferramentas utilizados pelos bombeiros garantiram a velocidade. Atualmente, os carros comportam escadas e espaço para carregar a bomba e uma equipe inteira em apenas uma viatura, facilitando o atendimento de mais de uma ocorrência no mesmo momento. E as transformações não param por aí, os uniformes, os capacetes ganharam novas adaptações e materiais resistentes ao calor e demais adversidades que estão sujeitos os bombeiros. O heroísmo desta instituição determinou a expansão de suas ações , estando hoje, o Corpo de Bombeiros a frente de emergências médicas, incêndios, salvamentos no mar ou qualquer situação que coloque em perigo a sociedade civil. Para conhecer toda esta História e patrimônio apresentado neste texto visitem o: Museu Histórico CBMERJ localizado na Praça da República, no horário de terça - feira a sexta-feira de 9hs às 18hs. Para maiores informações e endereço completo, acesse o site www.museu.cbmerj.rj.gov.br

Relatório de campo: Guilherme Augusto 6º Ano. Escola Degrau. Aula no museu do Corpo de Bombeiros.

Haviam muitos incêndios na cidade do Rio de Janeiro que não paravam de crescer. Então, o imperador D. Pedro II criou em 1856 o Corpo de Bombeiros, e foi feita uma recepção festiva para receber a primeira bomba manual de incêndio. O primeiro incêndio registrado no relatório ocorreu dia 1º de novembro de 1856. Antigamente eles sabiam que tinha ocorrido um incêndio de acordo com o sino da Igreja mais próxima à emergência. As dificuldades eram grandes, porque os bombeiros tinham que carregar bombas muito pesadas com o auxilio de carroças que eram puxadas por muar (cruzamento de égua com jumento) que demoravam menos tempo quando resolviam empacar. Com o tempo as viaturas foram melhorando com o auxílio de escadas e mangueiras a jato. E quanto aos uniformes, no inicio eram usados somente detalhes como faixas e cintos de cores diferentes para diferenciar os comandantes dos ajudantes. Somente em novembro de 1857 é que foram distribuídos pela primeira vez os uniformes. E em 1881 foram diferenciados os uniformes dos oficiais e praças, que com o tempo foram sendo atualizados, e sempre usando o capacete para maior segurança. Tempos depois, com recursos mais modernos surgiram os carros: autobomba inflamável, autoposto de comando e autorápido, a escada magirus (que chega a 50 metros de altura). Na minha visita ao museu, eu entrevistei um bombeiro chamado Amilton. Ele disse que com os recursos que tem hoje em dia facilita bastante, e o dia a dia no quartel não é tão cansativo como antigamente. Ele também disse que nunca se queimou. Todos os dias às 8hs da manhã eles tocam uma corneta e hasteiam a bandeira. Foi muito legal conhecer a história do Corpo de Bombeiros.

Relatório de campo. Aluno Paulo Emmery 7º Ano Escola Degrau. Aula no museu do Corpo de Bombeiros.

Todo dia, exatamente às 8hs, os bombeiros se alinham e cantam o hino do Brasil e hasteiam a bandeira dos bombeiros, a nossa querida bandeira do Brasil e a bandeira do Rio de Janeiro. Pena que chegamos atrasados, pois nunca vi tanto amor a pátria e ao país. È muito bonito. Depois de chegarmos fomos observar o quartel. Vimos as viaturas, os caminhões e tudo mais. Falamos com vários oficiais e a nossa professora nos explicou muito. Ao entrarmos no museu do Corpo de Bombeiros, observamos toda a história dele, os caminhões, etc. O cabo Felix nos informou de muitas coisas que nos ajudou também. Em 1856, durante o reinado de D. Pedro II, este Corpo de Bombeiros foi fundado: o primeiro e o maior do Brasil. Na época ele era chamado de “Corpo de Bombeiros Provisório da Corte”. De 1856 até 1913 usavam nos salvamentos animais de tração como o muar (cruzamento de égua com o jumento), por ser uma raça mista tinha mais força para agüentar o “tranco”. Em 1916 surgiu a primeira escada nas viaturas. Em 1918 o primeiro motor à vapor de 2 cilindros foi utilizado nos carros. Nesse meio tempo surgiu o primeiro caminhão. Já em 1920, surgiu a primeira bomba mista, que por ser pesada era metade mecânica e tinha capacidade para 1000 litros de água. E isso não foi nada! No final do passeio conhecemos a sala de monitoramento da cidade, onde se recebe as ligações de socorro. No último momento a sirene tocou a visando sobre uma tentativa de suicídio! Todo esse passeio foi o máximo! Aprendemos muito com ele!

DICA DE LEITURA – BLOG PENSANDO ALTO.

Imaginar o cotidiano da Idade Média é uma tarefa que demanda muita imaginação, em função da distância cultural e social que vivemos destes homens. No entanto, se pensarmos melhor, foi durante a Idade Média que surgiram invenções importantes que são utilizadas por nós até os dias de hoje. Esta dinâmica de compreender as regras de educação ao se sentar a mesa, a universidade e os livros como difusores do conhecimento, a moda e festividades como o Carnaval, nos fazem retornar a um tempo muitas vezes classificado como um período escuro de idéias devido ao controle da Igreja, mas que começa a se abrir a partir de novas descoberta que apimentavam o cotidiano e os hábitos culturais da época. Um homem estudioso que viveu na Idade Média tinha muita dificuldade na leitura. Ao sentar-se para ler os rolos de pergaminhos eram utilizadas lentes de aumento que viravam as letras de cabeça para baixo, tornando um exercício comum nos dias atuais uma tarefa longa e demorada. A invenção dos óculos com duas hastes que prendiam as lentes ao nariz foi criada por um monge, que facilitou a leitura de muitos estudiosos que não precisaram mais ler de cabeça para baixo os longos livros feitos de papiro ou couro de cabra. Durante este período os livros eram feitos de couro, o que gastava quase um rebanho inteiro, além do peso e do trabalho para escrever nestas folhas. Com o surgimento das universidades, a leitura começou a ser difundida e os livros eram copiados em partes, e emprestados ou alugados para os alunos. Foi a surgimento do papel na Europa que modificou esta relação, facilitando a cópia de livros e os estudos de muitos monges, padres e professores. O papel era fabricado na China a partir da seda – finos retalhos batidos com água e separados, ou por bambu. Na Europa optou-se por uma rede metálica fina, que além de ser usada para livros também passou a ser utilizada para moeda. No entanto a difusão dos livros e a transformação da leitura em um hábito comum, só pode ser realizada, por meio da criação da imprensa no século XV pelo alemão Guttemberg. A invenção de Guttemberg se baseou em tipos móveis, ou seja, pares de letras que eram timbrados no papel. Esta pratica modificou não só a produção de livros , mas a maneira de formatação dos livros, que agora se apresentavam em colunas. Outras invenções que surgiram neste período foram os algarismos arábicos: 1,2,3,4 5 ..., que substituíram os algarismos romanos: I, II, III, IV, V ..., contribuindo para uma maior circulação do comércio e do conhecimento de novas fórmulas matemáticas. Os jogos como o xadrez, o baralho, o tarô, também eram utilizados nesta época, e mesmo reprimidos pela Igreja, circulavam entre os ciclos da nobreza. A repressão da Igreja como jogos profanos, partia não da forma de jogar, mas em função do desenho das cartas e da apresentação das peças no tabuleiro representava a sociedade medieval como tema dos jogos, o que implicava em reflexões sobre os membros das classes, e por isso a Igreja proibia estes tipos de jogos, e o tarô como uma leitura da sorte. Foi na Idade Média que surgiu o Carnaval como uma interpretação dos excessos da carne antes da Quaresma – festa religiosa da época que proibia a carne, e inseria nos dias de reza o jejum como purificação, ocorriam no inicio do ano, logo após a virada. Além das festas populares, surgiram as notas musicais, permitindo a musica como fonte de estudo, os botões, as mangas nas roupas e as calças como novos tipos de vestimentas, e a etiqueta ao se sentar em uma mesa atribuindo ao costume de comer a utilização de talheres, entre eles: o garfo. Se o cotidiano se apresentava de maneira diferente, a guerra também trazia novidades, como: as bandeiras, os arcabuzes de pólvora, os estribos para celar um cavalo e as armaduras feitas de ferro. A pólvora foi inventada na China, e utilizada pelos europeus como forma de combate. A possibilidade de atingir um inimigo à distância, levava a um planejamento diferente dos combates e uma transformação na organização das forças militares, as bandeiras diferenciavam os grupos nos combates, e os arcabuzes amedrontavam com o som e a explosão dos tiros os inimigos. No campo as transformações e invenções possibilitaram uma quebra na ruralização e no enclausuramento nos feudos, a partir de novas técnicas agrícolas. A rotação de cultura, a utilização da tração animal com a charrua, o carrinho de mão, facilitavam o trabalho e permitiam a produção de excedentes, permitindo a reativação do comércio nas cidades. Esta dinâmica abre um mundo novo aos homens da época e com isso determinam novos processos históricos atribuídos a descobertas não só cotidianas, mas cientificas que revolucionaram a humanidade. Bibliografia:Frugoni, Chiara. Invenções na Idade Média. Óculos, livros, bancos, botões e outras invenções geniais”. 2007.

Sugestão de Atividade. Didática em Sala de Aula: invenções na Idade Média.

Quando trabalhamos com Idade Média, é importante construir para o aluno uma visão ampla do período evitando a caracterização desta época como a Idade das Trevas, ou apenas como uma fase de enclausuramento nos feudos e controle da Igreja sob a sociedade européia. Por isso, trabalhar com as invenções permite ao professor perceber a Idade Média como um período de transformações e ruptura com a antiguidade a partir de novos hábitos e costumes adquiridos a partir de novas necessidades da sociedade medieval. Em sala de aula, é possível trabalhar com um texto contando a história de algumas invenções importantes surgidas neste período, como sugere o livro acima, e após a discussão pedir para que os alunos ilustrem as invenções e escrevam os benefícios trazidos por cada uma delas à sociedade. Esta atividade pode ser feita individualmente ou apresentada em forma de um painel, construído por todos os alunos em conjunto. Para assessorar a ilustração destas invenções, o professor pode utilizar imagens ou vídeos da internet que auxiliam a abstração do aluno, como este vídeo disponibilizado no Blog Pensando Alto do History Chanel que conta de uma maneira irreverente o processo de trabalho para impressão do jornal, demonstrando os primeiros tipos móveis inventado por Guttemberg no século XV. Vídeo retirado do Youtube. "A História do Jornal Impresso". Programa exibido pelo History Chanel.