Participe do Blog Pensando Alto!

18 de maio de 2010

Criando e charges e debatendo a História na Idade Média.

Desenhar e criar charges é uma maneira irreverente e crítica de analisar as manifestações e fatos históricos. Com este objetivo, a Idade Media se transformou no cenário de observações e análises dos alunos do 7º Ano do Colégio Pedro II (Unidade São Cristóvão II). Os temas escolhidos para a criação das charges foram: 1) a relação entre os servos e o senhor feudal; 2) a Igreja Medieval; 2) Punições por heresia; 4) insegurança, proteção e medo nos feudos;4) os excluídos da Idade Média; 5) as invenções na Idade Média; 6) as Cruzadas; 7) os cavaleiros medievais. Este festival de humor, reflexões críticas e aprendizado em História você poderá conferir agora no Blog Pensando Alto! Deixe suas criticas e comentários para estes jovens historiadores e quem sabe futuros artistas!

Os excluídos da Idade Média

De cima para baixo, respectivamente, as charges de Laryssa (702), Jéssica Borges (709) e Daniel (707). Alunos do Colégio Pedro II. Unidade São Cristovão II.

A Igreja Medieval

De cima para baixo, começando da esquerda, as charges de Rafael Filipe (701), Luana (707), Karine (702) e Juliana Bessa (707). Alunos do Colégio Pedro II/ Unidade São Cristovão II.

Punições por heresia

De cima para baixo, começando da esquerda, as charges de Laryssa Gonçalves (709), Isadora (712), Gabriel Lima (709) eAnna Angélica (701). Alunos do Colégio Pedro II /Unidade São Cristovão II.

Punições por heresia II

De cima para baixo, começando da esquerda, as charges de Selmo Alex (702), Nicolle (701), Matheus Sales (709) e Leonardo Vasconcelos (701). Alunos do Colégio Pedro II/ Unidade São Cristovão II.

As Cruzadas

Da esquerda para direita respectivamente, charges de Lucas Antunes (702) e Nayara (707). Alunos do Colégio Pedro II/ Unidade São Cristovão II.

Os cavaleiros medievais

Da esquerda para direita respectivamente, as charges de Juliana Paiva (701), Eduardo Lopes (709) e Aline Lemos (701). Alunos do Colégio Pedro II/ Unidade São Cristovão II.

A relação entre servos e senhores feudais, e a insegurança nos feudos.

De cima para baixo, começando pela esquerda, as charges de Gabriel Chaves (712), Ursulla (706), Yasmin (707), Bianca (702) e Maria Carolina (707). Alunos do Colégio Pedro II/ Unidade São Cristovão II.

As Invenções na Idade Média

Da cima para baixo, respectivamente, charges de Juliana Côrrea(712), Gabriella (709) e Bárbara S. (712). Alunos do Colégio Pedro II/ Unidade São Cristovão II.

Uma Poesia que reflete sobre a Heresia na Idade Média.

HERESIA
OS HOMOSSEXUAIS ERAM MORTOS POR HERESIA JÁ QUE ERAM CRÍTICOS DA DOUTRINA! AS MULHERES ERAM CHAMADAS DE BRUXAS, POR INACEITÁVEIS CONDUTAS. PARA IGREJA CRISTÃ, QUEM PRATICAVA HERESIA TERIA FEITO PACTO COM SATÃ. E PENSANDO BEM, A VIOLÊNCIA ERA GRANDE DEMAIS. AS PESSOAS SOFRIAM, POIS MORTAS SERIAM. OU NA FOGUEIRA DA PRAÇA, OU COM O CÉREBRO ESPRIMIDO. Escrita pela aluna Maria Clara do 7º Ano do CPII/SCII. Turma 701.

“O sertão vai virar mar!” A história da Guerra de Canudos .

"Apareceu no sertão do Norte um indivíduo, que se diz chamar Antônio Conselheiro e que exerce grande influência no espírito das classes populares. Deixou crescer a barba e os cabelos, veste uma túnica de algodão e alimenta-se tenuemente, sendo quase uma múmia. Acompanhado de duas professas, vive a rezar terços e ladainhas e a pregar e dar conselhos às multidões, que reúne onde lhes permitem os párocos”. (Citação retirada do folheto de Laemmert de 1877, reproduzida por Euclídes da Cunha em "Os Sertões").

A Guerra dos Canudos ocorreu no final do século XIX no período de 1896 a 1897, na então comunidade de Canudos localizada no interior do sertão da Bahia, nas proximidades da fazenda de Canudos onde foi fundade a comunidade de Belo monte às margens do rio Varza Barris.

O movimento social de canudos esbarrou com o incio da 1ª República brasileira, onde ganhou caráter de revolta contra a estratégia de dominação oligarquica, opondo-se a exclusão social, a miséria e dominação politica exercída pelos coronéis e fazendeiros da região. O episódio foi fruto de uma série de fatores, tais como: a grave crise econômica e social pela qual passava a região na época, historicamente caracterizada por latifúndios improdutivos, secas cíclicas e desemprego crônico. Com a chegada de antonio Conselheiro a Belo Monte, o arraial passou a abrigar mais de 25.000 mil habitantes insatisfeitos com a pobreza e exluídos do acesso à terra. Estes sertanejos enxergavam em Conselheiro a figura de um messias que os guiaria à libertação e a salvação eterna. Desta maneira, para os historiadores, a Guerra de Canudos acabou por se caracterizar em um confronto entre o exército brasileiro e integrantes de um movimento popular de cunho messiânico e sócio religioso.

Os grandes fazendeiros da região, a imprensa e o clero incomadavam-se com a expanssão do arraial e dos devotos a Conselheiro, pois para os integrantes de Canudos a justificativa da exclusão social que sofriam estaria relacionada com a proclamação da República. Os sertanejos reivindicavam a falta de emprego, os altos impostos a serem pagos pela utilização da terra, e com isso afirmavam a importancia do retorno da monarquia. Foi então que os latifundiários iniciaram um forte grupo de pressão junto à República, recém instaurada, pedindo que fossem tomadas providências contra líder messiânico e seus seguidores.

Com a forte presença da imprensa na cobertura do movimento, e em destaque para Euclides da Cunha, escritor do beste seller “Sertões”, muitos jornais que noticiavam o motim dos sertões contribuíram para criar rumores de que Canudos se armava para atacar cidades vizinhas e partir em direção à capital para depor o governo republicano, reinstalando a Monarquia.

Como forma de dar fim ao movimento, o exército brasileiro foi mandado para Canudos em três expedições militares que saíram derrotadas, inclusive uma comandada pelo Coronel Antônio Moreira César, conhecido como "corta-cabeças" por ter mandado executar mais de cem pessoas a sangue frio na repressão à Revolução Federalista em Santa Catarina (1893/1895). A derrota das tropas do Exército pelos canudenses nestas primeiras expedições apavorou a opinião pública, que acabou exigindo a destruição do arraial, dando legitimidade ao massacre dos sertanejos. Além disso, estima-se que cinco mil militares tenham morrido.

Na quarta expedição o exercíto brasileiro utilizou a estratégia de cortar o fornecimento de agua do arraial, contaminando a água, e edesta forma obrigando os sertanejos a saírem de Belo Monte. Em 5 de abril de 1897 muitos amotinados se renderam. A guerra terminou com a destruição total de Canudos, a degola de muitos prisioneiros de guerra, e o incêndio de todas as 5.200 casas do arraial. Antonio Conselheiro foi encontrado morto, não se sabe se por uma granada ou por disinteria.

Nas palavras de Euclides da Cunha: “Fechemos este livro.Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até ao esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados”.