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5 de agosto de 2019

A QUEDA DA BASTILHA E O INÍCIO DA REVOLUÇÃO FRANCESA.

A Queda da Bastilha por Voyager.

As ideias iluministas que estavam ascendendo rapidamente nessa época contrariavam a ideologia do Antigo Regime. Na segunda metade do século XVIII, na França, as coisas não estavam indo nada bem para o Rei Luís XVI e para a aristocracia. O rei francês não imaginava que às consequências da política absolutista determinaria uma revolução que mudaria o mundo.
            O Terceiro Estado francês era vítima do absolutismo há mais de trezentos anos e estava completamente revoltado com o Antigo Regime. Essa revolta foi causada pela sociedade de privilégios, formada porque o clero e a nobreza tinham isenção de impostos, e essas taxas eram pagas somente pelo Terceiro Estado. Além disso, o poder centralizado nas mãos do rei; a hereditariedade das terras; e a crise causada pelas más colheitas devido ao inverno rigoroso, foram fatores que somaram-se a insatisfação do Terceiro Estado.
            O rei, em uma tentativa de amenizar a insatisfação do Terceiro Estado convocou a chamada Assembleia dos Notáveis.
            Essa assembleia foi uma medida paliativa de tentar fazer uma reforma fiscal que suprimia as isenções fiscais que beneficiavam nobres e clérigos e, além disso, submetia todos os proprietários de terras a pagar uma "subvenção fiscal". Porém, como o voto da Assembleia era por Estado e não por pessoa, o clero e a nobreza se juntaram contra o Terceiro Estado para manter seus privilégios.
            A crise financeira se desdobrou em uma crise política e administrativa e, pressionado, o rei convocou os Estados Gerais.
            Os Estados Gerais eram uma assembleia composta por representantes de cada Estado, que não se reunia desde 1614. Eles se reuniram em Versalhes, com objetivo de fazer com que os votos fossem contados por cabeça. Contudo, o Terceiro Estado não atingiu os objetivos, porque a aristocracia se reuniu contra os revoltosos impedindo que a ampliação da participação política popular ocorresse.
            Diante disso, os representantes do Terceiro, com o apoio de alguns membros do clero, se retiraram da reunião. Alguns dias depois, esse grupo formou uma assembleia geral permanente e jurou que permaneceria unida até que uma Constituição fosse aprovada pra França.
            O clima estava tenso na sociedade francesa. As classes dominantes estavam sem força política para resistir à opressão popular. O monarca ordenaria que os deputados que restavam se unissem aos outros, enquanto, secretamente, mobilizaria tropas ao entorno de Paris e Versalhes. Assim, no dia nove de julho de 1789, foi proclamada a Assembleia Nacional Constituinte. 
            Com a Assembleia Nacional, o rei foi motivado a tomar medidas mais radicais. Entre elas, a demissão do ministro Jacques Necker, que foi o estopim para a revolta popular. Nesse contexto, em quatorze de julho de 1789, o povo foi às ruas e tomou a Bastilha, uma prisão política, em busca de armas.
            A Tomada da Bastilha consolidou a oposição popular contra o absolutismo de Luís XVI, dando início a maior revolução social da História: A Revolução Francesa.

(Autor do texto: João Victor Gama).

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