Participe do Blog Pensando Alto!

17 de fevereiro de 2009

Uma homenagem aos 100 anos de Carmem Miranda

Escondido entre a bela vegetação da praia do Flamengo no Rio de Janeiro,rodeado pela linda paisagem natural do Pão de Açúcar e da Baía de Guanabara, o Museu Carmem Miranda passa muitas vezes despercebido pela maioria dos cariocas. Fundado em 5 de agosto de 1976 pelo governo do Estado do Rio de Janeiro sob o mandato do governador Floriano Faria, em conjunto com a Secretaria de Educação e Cultura da época comandada pela Profa. Myrthes de Lucia Wenzel, o museu Carmem Miranda se tornou uma espécie de memorial da atriz, recebendo em um pequeno espaço roupas, balangandãs, brilhos, jóias e acessórios usados pela cantora, recriando de maneira irreverente a moda dos anos 30 e 40, e a trajetória artística da nossa portuguesinha brasileira responsável por difundir: o samba, a baiana e carnaval nos EUA. Maria do Carmo Miranda da Cunha nasceu em 9 de fevereiro de 1909 em Portugal, e veio com a família bem jovem para o Brasil, naturalizando-se brasileira. Carmem Miranda iniciou sua carreira cantando nas rádios, nos cassinos e no cinema em 1929. Gravou mais de 300 músicas, representando em shows a baiana estilizada. Foi desta maneira, que Carmem foi descoberta no Brasil e levada para Broadway em 1939 conquistando o público norte americano e público brasileiro. Historicamente, a figura de Carmem Miranda teve um papel importante no período dos anos 1930 e 1940, diante da política de Boa Vizinhança incentivada pelo presidente Franklin Roosevelt. Esta política previa a aproximação das relações econômicas e culturais entre o Brasil e os EUA, o que nacionalmente significou uma introdução dos hábitos norte americanos em nosso país, e da idealização e rotulação de uma cultura nacional a ser vendida no exterior. Desta maneira o sucesso de Carmem acabou por receber muitas críticas e acusações, onde os fãs brasileiros condenavam a carreira da cantora nos EUA. Foi então que Carmem respondeu com a gravação do samba: "Disseram que eu voltei americanizada" - samba de Vicente Luz e Luiz Peixoto gravado em 1940. Além de músicas, a cantora e atriz registrou seu sucesso nos cinemas por meio da participação em musicais, entre eles: o famoso "Alô Alô Brasil" - de Wallau Doroney filmado em 1935; e "Banana da Terra" - de João de Barros gravado em 1939. Apesar de todo o sucesso, em função das críticas, Carmem acabou por ficar em depressão e isolar-se em sua casa em Beverly Hills nos EUA.E aos 46 anos morreu de ataque cardíaco. Carmem foi enterrada no Rio de Janeiro e velada por mais de um milhão de pessoas.

Um comentário:

Anderson Fontes disse...

Oi Clarissa! Como anda a vida? Mande noticias. Adorei o seu blog renovado e fiz uma recomendação do artigo sobre Carmem miranda em meu blog http://giramundao.blogspot.com/ que aliás fiz por incentivo seu, mas que está apenas começando. Abs!! Anderson!