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6 de março de 2008

O Cortejo de D. João VI!

No dia 8 de março de 1808 a corte portuguesa desembarca no Brasil, escolhendo o Rio de Janeiro como capital do Império Ultramarino Português. O mito da riqueza e luxo da corte real portuguesa navegava o extenso oceano Atlântico, no entanto após os três meses de viagem e privação os luxos foram tomados por uma epidemia de piolhos, e também pelo calor dos trópicos. Antes de D. João VI a cidade do Rio de Janeiro não contava com uma estrutura urbana sólida, a economia funcionava em torno da produção da cana de açúcar e do ouro que era escoado pelos portos de Parati beneficiava, assim como, o tráfíco de escravos onde a população de negros africanos que aportavam na Praça Mauá – antigo Valonguinho, mercado de escravos, aumentava cada vez mais, de acordo com a exigência dos colonizadores para todo o trabalho e mão de obra. A chegada da corte em nada modificou as relações sociais pautadas em hierarquias sociais que privilegiam a nobreza e a escravidão, no entanto, contribuíram para um avanço na estrutura da cidade carioca, que sofreu um grande investimento para alimentar os hábitos da corte real. Casas de banho, o Banco do Brasil, o Jardim Botânico, e acordos que abriram os portos às nações amigas em 1810 possibilitaram ao Rio de Janeiro o aumento da sua função de capitalidade. A alegria dos cariocas do século XIX foi tamanha em função do encontro com a corte, que muitos antes deste festival de investimentos deixaram suas casas para garantir ao rei melhores instalações sob as siglas de “Príncipe Regente”, onde bem humorados a população traduzia a desgraça por “Ponha-se na Rua”!

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