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30 de março de 2009

Heróis da sociedade: uma viagem pela história do Corpo de Bombeiros no Rio de Janeiro.

Emergência! Fogo! Acidentes no trânsito! Afogamentos! È só chamar 193 que os bombeiros estão chegando. A rapidez dos diais atuais se distancia completamente dos primeiros bombeiros existentes no tempo colonial. Em um incêndio as pessoas se organizavam como podiam. A emergência reunia um mutirão, e homens preparados traziam tonéis e barris cheios de água em carroças, ou aproveitavam os pontos de águas principais e estratégicos da cidade como bicas ou chafarizes, utilizando para o auxílio do combate baldes e mangueiras. A transformação dos mecanismos de salvamento traduz o processo de institucionalização dos bombeiros, assim como, a adoção e evolução tecnológica das ferramentas e materiais utilizados pela corporação para o combate de incêndios. A bomba d´água, por exemplo, foi inventada em Alexandria no ano de 250 a.C, em um modelo portátil com duas manivelas e saída para abastecimento com água. Este modelo continuou a ser usado pelos europeus por muitos anos, chegando no Brasil durante o século XVIII. Era preciso de quatro homens para manejá-la, por isso utilizavam-se carroças para levar a bomba e os tonéis com água. Junto aos primeiros bombeiros, os escravos auxiliavam de maneira obrigatória a emergência, mobilizando um número maior de pessoas. Com a chegada da Corte no século XIX, o rei Dom Pedro II criou o Corpo de Bombeiros Provisório da Corte em 1856, além disso, o rei investiu na troca das antigas bombas manuais pelas bombas à vapor, escadas, baldes de lona, mangueiras e cordas. Até 1881, o Corpo de Bombeiros possuía viaturas para o carregamento de bombas d´água, cavalos para tracionar as viaturas com água, materiais e oficiais. Em um pedido de socorro, anunciavam a chegada com o barulho do galope dos cavalos pelas ruas. No inicio do século XX, os carros à combustão chegavam ao Brasil. E em 1908, o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro é premiado com a construção do quartel central denominado: “Casarão Vermelho”, representando a importância da atuação desta instituição para a sociedade. Além da transformação arquitetônica, o corpo de bombeiros acompanhava do desenvolvimento tecnológico, adotando novas viaturas movidas à motores de combustão, e bombas d´água à vapor que pudessem ser adaptadas a estas novas viaturas. Essas mudanças permitiram a melhoria nos atendimentos e na realização dos socorros. As adaptações tecnológicas nos materiais e ferramentas utilizados pelos bombeiros garantiram a velocidade. Atualmente, os carros comportam escadas e espaço para carregar a bomba e uma equipe inteira em apenas uma viatura, facilitando o atendimento de mais de uma ocorrência no mesmo momento. E as transformações não param por aí, os uniformes, os capacetes ganharam novas adaptações e materiais resistentes ao calor e demais adversidades que estão sujeitos os bombeiros. O heroísmo desta instituição determinou a expansão de suas ações , estando hoje, o Corpo de Bombeiros a frente de emergências médicas, incêndios, salvamentos no mar ou qualquer situação que coloque em perigo a sociedade civil. Para conhecer toda esta História e patrimônio apresentado neste texto visitem o: Museu Histórico CBMERJ localizado na Praça da República, no horário de terça - feira a sexta-feira de 9hs às 18hs. Para maiores informações e endereço completo, acesse o site www.museu.cbmerj.rj.gov.br

Um comentário:

Anônimo disse...

Professora Clarice, nos tempos atuais, onde a cultura é relegada, onde os entretenimentos televisivos são vazios e muitas vezes "imbecilizadores", ter uma docente como você, é um privilégio para estas crianças. Seu blog está de parabéns, sua atitude, ao levar seus alunos a programas tão enriquecedores, é louvável.... e definitivamente, pessoas como você são fundamentais em nossa sociedade, pois ajudam na formação de pessoas com espírito crítico e cultas, o que é fundamental para que não percamos a esperança de um mundo melhor... grande abraço.
J.Félix