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12 de novembro de 2012

A Roma Antiga: república, expansão e decadência do império

Foto das ruinas do Coliseu, o maior anfiteatro romano.


Antecedentes da República:
A forma de governo adotada em Roma até o século VI a.C. foi a Monarquia. Os romanos acreditavam que o rei tinha origem divina. Esse período foi marcado pela invasão de outros povos etruscos.
Na monarquia romana a sociedade era hierárquica, ou seja, dividida em classes formada pelos patrícios, plebeus, clientes e escravos. O rei que detinha poderes absolutos, mas era sujeito às intervenções do senado.
O senado ou conselho dos anciões possuía o poder de veto nas decisões reais e com isso, acabou substituindo o rei etrusco. Em 509 a.C., os romanos derrubaram o rei etrusco (Tarquínio – o Soberbo), e fundaram uma República. No lugar do rei, elegeram dois magistrados para governar.

A República Romana 509/27 a.C:
A República garantia aos patrícios o domínio do poder, pois possuíam o maior número de votos nas assembléias. Os patrícios dominavam o senado e ocupavam o lugar de cônsules no governo. Já os plebeus possuíam uma votação mínima e não conseguiam competir com os patrícios, sofrendo sempre suas imposições políticas e regras.
Mas o que é República? A república significa a divisão de poderes em funções específicas evitando a concentração das decisões nas mãos de apenas uma pessoa, como ocorria na monarquia. As decisões na república ocorrem a partir do voto permitindo a participação dos cidadãos.
Apesar do conceito de república prever a participação de todos, na república romana apenas os patrícios votavam, pois este grupo social representava a classe dominante e dominava as terras, a política e as riquezas de Roma, restando aos demais cidadãos prestarem serviços e pagarem impostos. Os plebeus, maioria dos cidadãos romanos, exigiam mais direitos e participação política. A luta entre patrícios e plebeus gerou um conflito entre classes. Como consequência das reivindicações, os plebeus criaram o Tribunal da Plebe em 326 A.C.
O Tribunal da Plebe garantiu os direitos aos plebeus a partir do reconhecimento de uma assembléia popular com direito de veto nas decisões dos cônsules (patrícios). Esta interferência ocorria sem que os plebeus fossem presos ou punidos por discordar de uma decisão política, como ocorria anteriormente.
A partir do século V a.C Roma iniciou um processo de expansão pela Península Itálica visando o domino hegemônico da região, o acumulo de riquezas e territórios. O segundo objetivo esteve voltado para a conquista dos domínios de Cartago – a cidade que detinha o comércio marítimo e as rotas do Mediterrâneo. As Guerras Púnicas ficaram conhecidas como os conflitos entre Cartago e Roma ocorridos entre os anos 264 até 146 a.C. Com a conquista das colônias cartagineses no norte da África, Roma conseguiu a hegemonia do mar Mediterrâneo. Até o ano 30 a.C, Roma conseguiu formar um império que abrangia o norte da África, a Ásia Menor e a Europa, o que a consagrou como uma das maiores potências militares da história.


Sustentabilidade do Império:
A conquista de novas terras determinou para Roma a criação de um império sustentado por imposições militares e que possuía o objetivo de acumular riquezas e novos tributos. Os povos conquistados tornavam-se escravos e tinham suas culturas suprimidas pelo exército romano, que lhes impunham novos hábitos e costumes. Os não romanos eram considerados bárbaros e inferiores, o que justificava a assimilação cultural e a escravidão.
No entanto, as riquezas e os tributos só enchiam os bolsos dos patrícios, determinado o empobrecimento dos camponeses e a revolta de muitos escravos.
A república passava por um período de crise interna. Tibério e Caio Graco – dois irmãos patrícios, que lutaram a favor da reforma agrária, ou seja, da divisão das terras entre patrícios e camponeses; propuseram reformas com o objetivo de diminuir as desigualdades entre patrícios e plebeus. Os patrícios não aceitaram a revolta e os irmãos Graco, que morreram assassinados. Em contra partida, os patrícios votaram a favor das Leis Fumentárias que garantiam pão e trigo a preços abaixo do convencional. Esta medida estava longe de garantir a igualdade de classes, mas procurou acabar com a fome e manter o domínio dos patrícios no poder.

Da República ao Império: o domínio de um só.
A República determinava o domínio e as atenções nos cônsules e no senado. Porém, com a expansão romana os generais passaram a adquirir poderes e estabelecer alianças poderosas com o senado, pois o exército também era comandado pelos patrícios.
O primeiro triunvirato, ou seja, a aliança entre três líderes: Pompeu, Crasso e Julio César; foi responsável por colocar Julio César no poder, onde o próprio conseguiu após a morte de Crasso e a derrota de Pompeu, tornar-se o único governante.
Julio César dominou o Egito em 47 a.C e apaixonou-se pela bela Cleópatra. Porém, a fama do general trouxe discórdias e ao retornar a Roma acabou sendo assassinado.
O desgaste das disputas de poderes determinou o enfraquecimento da República e o encaminhamento para um governo centralizado na figura do imperador. Esta seria a função de Octávio Augusto que assumiu o governo após o segundo triunvirato com Lépido e Marco Antonio, e passou a se tornar o símbolo do Estado romano.
Até a decadência do império, Roma viveu uma disputa entre os césares: imperadores que se aproveitavam do poder militar para governar e abusar da autoridade que lhes cabia.

Declínio do Império Romano:
O império romano se sustentava por meio de dois pilares fundamentais: a escravidão e o exército. A partir do século III, Roma deixou de conquistar territórios e passou a perder seus pilares principais. Além disso, a grandeza do império impossibilitava estratégias para conter a revolta dos povos dominados, que a aconteciam por toda extensão do império.
O ataque dos povos bárbaros ao império romano determinou que os patrícios se refugiassem dos ataques e protegessem as populações em terras particulares, onde por meio da produção de subsistência e do governo local garantiam a segurança dos camponeses em um sistema de colonato. Estas pequenas vilas ficaram conhecidas como feudos.
Os diferentes povos bárbaros influenciaram a formação da sociedade européia e o império romano fundiu-se a partir do ano de 284, em Império Romano do Ocidente e do Oriente caindo nas mãos das invasões.
No governo do imperador Constantino (313/337), o cristianismo tornou-se a religião oficial do império e foi fundada a cidade de Constantinopla, nova a sede do governo e capital do Império Romano.
Em 476 o Império Romano do Ocidente desintegrou-se. Os povos bárbaros: Vândalos, Ostrogodos, Visigodos, Anglo-Saxões e Francos, invadiram e dominaram a região formando vários reinos. Os domínios romanos se reduziram ao Império Romano do Oriente (com a capital situada em Constantinopla é também conhecido com – por ter sido construída no lugar onde antes existia a colônia grega de Bizâncio). O Império Bizantino se manteve até o ano de 1453 quando Constantinopla foi invadida e dominada pelos turcos.


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2 comentários:

ANA CRISTINA RODRIGUES MANHÃES disse...

OLÁ AMIGA MULTIPLICADORA, VIM CONHECER SEU BLOG E GOSTEI MUITO. SUA POSTAGEM É MUITO INTERESSANTE.EU AMO HISTÓRIA PRINCIPALMENTE HISTÓRIA BÍBLICA, E IMPÉRIO ROMANO TEM TUDO EM RELAÇÃO A HISTÓRIA DO CRISTIANISMO.
SOU EDUCADORA RELIGIOSA E ACREDITO QUE TODAS AS ÁREAS DO CONHECIMENTO HUMANO ESTÃO INSERIDAS NA ÁREA DE EDUCAÇÃO.
CONVIDO A CONHECER MEU BLOG, SERÁ MUITO BEM VINDA.
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Anônimo disse...

Muito obrigado

Este artigo ajudou-me e muito para a realização do meu trabalho de história!