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24 de agosto de 2012

GUERRA FRIA


O período da História descrito por Guerra Fria ficou definido pela bipolarização do mundo entre duas ideologias antagônicas: o comunismo, defendido pela URSS, e o capitalismo, modelo econômico vigente nos EUA.
Historicamente a Guerra Fria teve inicio no período pós-guerra, após a 2ª Guerra Mundial, quando EUA e URSS saem vencedores da guerra. A Conferência de Ialta realizada em 1945 definiu as áreas de influência soviétiva, e também a pontuou a URSS como inimiga do blogo ocidental capitalista.
A noção de Guerra Fria determinou um conceito para classificar as disputas entre URSS e EUA em um conflito indireto, que ao mesmo tempo significou uma ameça iminente de um possível conflito nuclear entre as duas potências.
Uma Cortina de Ferro descia sobre a Europa – declarou Wilson Churchil. As potências capitalistas organizavam planos políticos e militares para afastar a influência socialista do mundo. Na América o presidente Harry Trumam (EUA) implementou a Doutrina Trumam em 1947, como um ação em defesa da democracia e do capitalismo. Nos EUA a campanha anti-comunista teve incio com o marcatismo: “Caça as Bruxas”.

Nova ordem mundial:

Como forma de dar suporte a economia capitalista, em 1944 foi firmado o acordo de Bretton Woods, onde o dólar tornou-se a moeda mundial. Além disso, foram criados como suportes financeiros o FMI – Fundo Monetário Internacional, e o BIRD – Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento, conhecido como Banco Mundial, ambos com o objetivo de manter a estabilidade liberal capitalista.
O Plano Marshall foi criado após a II Guerra Mundial pelos EUA como um plano de reconstrução economica da Europa, solidificando a hegemonia dos EUA como potência capitalista mundial.
Em resposta, a URSS lançou o COMECON, um plano econômico que pretendia apoiar financeiramente os países socialistas. A URSS integrar as economias dos países membros criando um mercado comum.
Como forma de estabelecer uma proteção militar e garantir a bipolarização entre URSS e EUA, foram criadas duas instituições que se encarregavam de manter a segurança das duas superpotências e seus aliados: a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) que englobava os países capitalistas e seus aliados; e o Pacto de Varsóvia instituído pela URSS, que apoiava militarmente os países socialistas e seus aliados.
Um marco da Guerra Fria foi a divisão da Alemanha após a 2ª Guerra Mundial. A Alemanha e a capital Berlim, foi dividida em quatro áreas de influência: Inglaterra, França, EUA e URSS.
Em 1949, os territórios da França e Inglaterra foram anexados aos domínios americanos, sendo criada a República Federal da Alemanha cujo regime era liberal-democrático de economia capitalista.
A parte ocupada pela URSS deu origem a República Democrática Alemã com regime comunista. O acirramento das disputas entre URSS e EUA determinou a construção do Muro de Berlim em 1961 dividindo a Alemanha em dois domínios políticos e econômicos distintos.

Corrida Armamentista:

A corrida armentista foi marcada pela disputa entre os URSS e a EUA no desenvolvimento de armas nucleares e na indústria bélica como um todo. Tal investimento provocou um aumento do desenvolvimento técnico-científico de ambas as potências.
Temia-se o conflito direto e a emergência de uma guerra nuclear entre URSS e EUA, no entanto, o crescimento da indústria bélica serviu para financiar as guerras de descolonização afro-asiática, e auxiliar revoluções que emergiram na Ásia e na América, como a Revolução Cubana, apoiada pela URSS.
Com o triunfo de Fidel Castro e do Comunismo após a Revolução Cubana em 1959, deixou os EUA preocupado com a proximidade do seu inimigo e da influência das ideias comunistas na América .
Os EUA tentaram uma invasão, o “Desembarque da Baía dos Porcos”, para afastar o comunismo de Cuba. Esta invasão levou os Soviéticos a colocarem mísseis na Ilha de Cuba, apontados para os EUA.

Corrida espacial:

A imagem apresenta o Sputinik II, o segundo satélite lançado pelos russos ao espaço cujo tripulante foi a cadela Laika em 1957.

O desenvolvimento tecnológico determinou uma corrida espacial entre EUA e URSS para saber quem chegava primeiro ao espaço.
O primeiro satélite artificial foi lançado em 1957 pela URSS, o Sputnik com a tripulante Laika, um cachorro. Também o primeiro satélite tripulado, foi de responsabilidade soviética, com Yuri Gagarin.
Em contraposição aos avanços soviéticos, a NASA foi criada em 1958 para o ivestimento espacial. Em 1969, os EUA foi o primeiro a chegar a Lua com o astronauta Neil Armstrong a caminhar em solo lunar.

Guerra Fria na Ásia:

O ano de 1949 foi conturbado também no continente asiático. Em outubro, o Partido Comunista Chinês, liderado por Mao Tse-tung, tomou o poder e proclamou o nascimento de mais um país socialista, a República Popular da China.Os americanos, com a Doutrina Truman, não estavam alheios ao avanço da esquerda na Ásia e reforçaram a presença militar na bacia do Pacífico, procurando preservar sua influência no sudeste asiático. Dessa forma, a revolução chinesa levou para a Ásia as fronteiras da Guerra Fria.
 Havia o receio de que o Japão, pela proximidade com a União Soviética e a China, fosse engolido pelo bloco socialista.
Uma das primeiras conseqüências dos acontecimentos na China foi a invasão da Coréia do Sul pelos vizinhos norte-coreanos, de governo pró-soviético. Eles queriam reunificar o país sob a bandeira do socialismo. A ofensiva, em junho de 1950, desencadeou uma ação enérgica dos Estados Unidos, que aprovaram na ONU uma ajuda multinacional à Coréia do Sul. Era tudo o que os americanos queriam. Em algumas semanas, sua indústria bélica produzia uma quantidade expressiva de armamentos para uso na Guerra da Coréia. Além disso, Washington estimulou a participação do Japão no chamado "esforço de guerra". A indústria japonesa passou a produzir o material de apoio aos soldados no front, como roupas, remédios e alimentos sintéticos. Com isso, o Japão tentou resolver o problema do desemprego por meio de compromissos econômicos com o bloco capitalista. No final do conflito, em 53, a rígida divisão entre capitalistas e socialistas na bacia do Pacífico estava cristalizada.
Essa batalha estratégica pelo controle do sudeste asiático teria desdobramentos dramáticos nos anos1960, com o envolvimento direto dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã.

Manifestações Sociais:

No decorrer da década de 1960, os movimentos pacifistas cresceram rapidamente nos Estados Unidos e na Europa, tornando-se uma fonte permanente de pressão sobre os governos. Entre os americanos o movimento ganhou força com as manifestações de protesto contra a Guerra do Vietnã. Na Europa, a opinião pública tomava consciência de que o continente seria devastado na hipótese de um confronto nuclear.
A primeira iniciativa mais concreta de contenção da escalada armamentista aconteceu em 1968, quando 47 países assinaram o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, com duração de 25 anos.
No fim dos anos 1970, o clima era tenso entre Estados Unidos e União Soviética, como resultado de uma complicada situação internacional. Diversos fatos politicamente relevantes se sucederam na mesma época, como a invasão soviética no Afeganistão, a revolução sandinista na Nicarágua e a revolução dos aiatolás no Irã.

Coexistência Pacífica:

Período de relativa tranquilidade, que surgiu após a morte de Stalin, presidente da URSS, em 1973.
O sucessor de Stalin: Nikita Khrushchov tentou através do dialogo pôr fim ao clima de guerra entre as duas superpotências.
Instituiu-se uma linha de fax direta entre o presidente americano Nixon e o presidente soviético: o Telefone Vermelho cujo objetivo era evitar possíveis conflitos armados entre as duas potências

Fim da Guerra Fria:


Em 1985, o novo dirigente soviético, Mikhail Gorbatchev, declarou a moratória nuclear unilateral, uma iniciativa surpreendente que favoreceu as negociações para a redução dos arsenais atômicos.
Em 1987, as superpotências concluíram em Washington um acordo para a eliminação dos mísseis baseados em terra com alcance de até 5.500 quilômetros. Em 1991, em Moscou, assinaram o Start, Tratado de Redução de Armas Nucleares Estratégicas.
Com o fim da União Soviética, em dezembro de 1991, os Estados Unidos tornaram-se a maior potência política e militar em todo o mundo
A Rússia, por seu lado, tinha urgência em reduzir os gastos militares para fazer frente aos problemas econômicos e sociais surgidos na transição para o sistema de mercado.
Muitos observadores fazem críticas a Mikhail Gorbatchev, dizendo que o ex-dirigente soviético fez muitas concessões aos Estados Unidos, num curto espaço de tempo.
É necessário observarmos outros aspectos da situação do país naquele período. Ao assumir o poder, em 1985, Gorbatchev encontrou a economia soviética à beira do colapso. Alguns historiadores indicam que o país destinava ao setor de defesa mais de 20% de seu PIB, Produto Interno Bruto. Os americanos, em 1987, destinavam ao setor 7%, e a Grã-Bretanha, 5% do PIB. Mesmo gastando proporcionalmente menos, o Ocidente também sentiu o peso econômico da corrida armamentista. A crise foi atenuada com a transferência de tecnologia para os demais setores produtivos da economia.
Os americanos sempre trataram de aplicar as conquistas da tecnologia bélica na indústria de bens de consumo. Isso propiciou o desenvolvimento da microinformática, das utilidades domésticas e dos automóveis velozes e econômicos. Mesmo com essa política industrial, os Estados Unidos figuram, nos anos 1990, entre os países mais endividados do mundo, em parte por causa dos gastos com a defesa. Os reflexos da crise são notados no corte de verbas para a educação, saúde e serviços públicos. 

 VÍDEOS SOBRE GUERRA FRIA:




Um comentário:

Anônimo disse...

https://www.facebook.com/pages/Guerra-Fria/405561496218243

Estamos em um projeto relacionado ao tema. Será um prazer esclarecer duvidas e participar de debates. Participem e compartilhem!

Desde já obrigada!