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22 de junho de 2015

A Democracia Grega. Trabalho 1o Ano Colégio Internacional Signorelli.




A DEMOCRACIA NA GRÉCIA ANTIGA

A forma de governo conhecida como democracia foi criada na Grécia Antiga, E estabelecida primeiramente na cidade estado de Atenas onde, o poder político era até então controlado pela aristocracia - detentores das terras denominados eupátridas ("bem nascidos").
Durante esse período, a classe de comerciantes, os demiurgos, começou a exigir participação nos processos de decisão da política ateniense, e os pequenos comerciantes e proprietários que sofriam com a escravidão por dívidas exigiam mudanças no poder político ateniense. Com isso, os eupátridas foram obrigados a reformular a organização política de Atenas.
Um grupo de legisladores foi responsável pelo gradual processo da transformação política ateniense.
Em 621 A.C, o legislador de origem aristocrática Drácon recebeu poderes extraordinários para por fim ao conflito social provocado pelo golpe de estado de Cilón e pelo ostracismo de Megacles. Apesar de não reduzir o poder da aristocracia, essa primeira medida possibilitou uma nova tradição jurídica que retirava o total controle das leis invocadas pelos eupátridas.
Em 594 A.C, o legislador Sólon, conhecido como um dos pais da democracia ateniense, ampliou o leque de reformas políticas em Atenas, eliminou a escravidão por dividas e resolveu dividir a população ateniense por meio do poderio econômico de cada indivíduo. Dessa forma, os comerciantes enriquecidos conquistaram direito de participação política. Além disso, novas instituições políticas foram criadas, tais como:
  • O Conselho dos 500- Uma vez por ano, os demos (bairros e comunidades habitados), sorteavam 50 cidadãos para se apresentarem no Conselho (Boulê) que governava a cidade em caráter permanente. Como eram 10 demos, ele denominava-se "Conselho dos 500". Entre estes 500 deputados eram sorteados. 50 que formavam a pritania ou presidência do Conselho, que era responsável pela administração da cidade por 35 ou 36 dias. Cada demos era chamado, alternadamente, a responder pelos assuntos da pólis, durante um certo período. O Conselho determinava a pauta das discussões, bem como a convocação das assembleias gerais populares (a Ecclesia), que se realizavam duas vezes por semana. O conselho dividia as funções antes controladas pelo Areópago ateniense controlado pelos aristocratas. O fato dos cidadãos que se apresentavam no Conselho serem sorteados causou grandes críticas por parte dos filósofos, especialmente de Sócrates e Platão. Eles não aceitavam que a nave do estado fosse conduzida por cidadãos escolhidos aleatoriamente. Eles acreditavam que o estado só poderia ser dirigido por especialistas, pelos filósofos ou pelo rei-filósofo.
  • A Ecclesia- A assembléia geral que reunia o povo inteiro não tinha um lugar fixo, apesar de esses geralmente serem realizados num lugar chamado Pnix, uma grande pedra que dominava uma colina, a qual comportava parte considerável dos cidadãos. A palavra ecclesia era utilizada para definir, genericamente, qualquer reunião para debater questões públicas. Quando a ecclesia estava reunida, não só entravam na discussão os problemas mais candentes da comunidade, como se escolhiam os magistrados eletivos. As funções executivas estavam divididas entre os magistrados sorteados e os escolhidos por voto popular. Eles eram responsáveis perante a ecclesia por todos os seus atos, podendo ser julgados por ela em caso de falta grave.
  • Areópago- Era formado pelos arcontes que haviam cessado funções e que nele possuíam assento vitalício; julgava os crimes religiosos, os homicídios e os de incêndio.
  • Helieu- Julgava todos os restantes delitos; compunham-no 6000 juízes (600 por cada tribo), sorteados anualmente, que funcionavam divididos por secções; os julgamentos constavam das alegações do acusador e do acusado, posto o que se seguia o veredicto dos juízes que decidiam coletivamente, por maioria, através do voto secreto.

Em resposta a essas reformas, as elites proprietárias de terra rivalizaram com o governo. A agitação política do período deu margem para que ações golpistas abrissem espaço para a ascensão dos governos tirânicos. Os principais tiranos foram Psístrato, sucedido por seus filhos Hiparco e Hípias.
No fim do século VI a.C. A retração dos direitos políticos mais amplos incentivou uma mobilização popular que levou ao assassinato de Hiparco,a fuga de Hípias e à ascensão política de Clístenes, em 510 a.C.
Clístenes, em 502 A.C., desativou a divisão por tribos e reestruturou a cidade em uma outra, baseada em 10 demos que estavam distribuídos pelo interior, na cidade e no litoral. Considerava-se cidadão qualquer homem nascido em Atenas, maior de idade (21 anos),que tivesse prestado serviço militar e que fosse livre. Da reforma em diante, os homens da cidade não usavam mais o nome da família, mas, sim, o do demos a que pertenciam e manifestariam sua fidelidade não mais à família em que haviam nascido, mas à comunidade em que viviam, transferindo sua fidelidade de uma instância menor para uma maior. O objetivo do sistema era uma maior participação dos cidadãos nos assuntos públicos, esse sistema mantinha a representação popular por sorteio.
Outra medida de Clístenes foi a adoção do ostracismo. Tratava-se da votação feita anualmente para excluir da vida política por 10 anos o indivíduo que fosse considerado uma ameaça às instituições democráticas. Clístene foi quem primeiro se utilizou dele para banir da cidade velhos seguidores da tirania. No entanto, para que um cidadão sofresse o ostracismo era necessário que seu nome fosse apontado, geralmente em pedaços de cerâmica, em eleições secretas por mais de 6.000 votos. Isso evitava que ele fosse vítima do capricho de um líder político que desejasse exilá-lo da comunidade. Após cumpridos os 10 anos de ostracismo,o exilado podia retornar e assumir plenamente os seus direitos de cidadão.
Em meados do século V a.C, mudanças aperfeiçoaram o funcionamento da democracia à moda ateniense. Em 451 a.C, Péricles, criou uma lei que determinava que somente os filhos de pais atenienses fossem considerados cidadãos e todo cidadão era apto para o serviço militar. Caso houvesse guerra, era dever da assembléia decidir quantos seriam recrutados.

Trabalho realizado pelo 1º Ano do Colégio Internacional Signorelli
Alunos: Bruna Fernandes, Gabriel das Neves, João Belísio, Juliana Leal, Letícia Queiroz, Raphaela Leite e Vitória Canazaro.











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