No século XVII, em meio ao
constante crescimento burguês na Europa, os países eram governados
pelo Antigo Regime, que consistia em um governo absolutista,
onde o rei detinha o poder total.
No que se refere à economia, as
monarquias absolutistas acumulavam capital através do mercantilismo.
O mercantilismo era um conjunto de práticas econômicas exercidas
pelo rei com objetivo de enriquecer o Estado através no
protecionismo, do monopólio, colonialismo, expansão manufatureira.
A sociedade no Antigo Regime era
hierarquizada. O clero e a nobreza possuíam privilégios por serem
isentos do pagamento de impostos. Neste contexto, o terceiro estado,
formado por camponeses, artesãos e burgueses sustentavam o clero e a
nobreza - representantes do primeiro estado; pagando impostos.
Com a crescimento da burguesia e
a falta de mobilidade social em uma sociedade estratificada,
difundiu-se em muitos países da Europa ideias que defendiam o fim do
estado absolutista através de uma nova doutrina política e social
que propunha a transformação do Antigo
Regime em um governo
liberal burguês.
O Iluminismo foi um novo
conjunto de ideias, caracterizado pelo racionalismo humano. Esse
pensamento dizia que a razão deveria se sobrepôr ao dogmatismo
religioso. Os principais pensadores iluministas, que foram
majoritariamente do terceiro estado, desenvolveram as ideias que
futuramente revolucionaram a Europa, e determinaram
o fim do absolutismo.
Entre eles, Jonh Locke defendeu a liberdade política e econômica.
Locke defendia o
contrato social, onde o rei estabelecia um pacto de responsabilidade
com a sociedade. Nesta relação, a sociedade civil teria o direito
de substituir ou rebelar-se contra o governo tirânico. Diderot e
D´alambert juntaram todos os conhecimentos existentes e escreveram a
Enciclopédia. Barão de Mostesquieu propôs a divisão de poder em
três – legislativo, executivo e judiciário. Jacques
Rosseau, foi grande filósofo francês que pontuou
a importância do governo sempre sujeitar-se a vontade geral dos
cidadãos.
Essas ideias tomaram grandes
proporções rapidamente pela Europa. Buscando
frear o liberalismo burguês e manter-se no poder, alguns reis
absolutistas – Prússia,
Espanha, Portugal, Rússia e Áustria
- praticaram o despotismo esclarecido, que foi um ato de implementar
ideias iluministas dentro do reino. Esses
soberanos utilizaram os ensinamentos propostos pelas teorias
iluministas sem abrir mão do absolutismo na prática política.
O
pensamento iluminista influenciou a mentalidade europeia a partir do
século XVIII, modificando a visão tradicional do homem moderno
através da razão e da ciência demonstrando uma nova forma de
explicar a realidade, que cabia à Igreja justificar os
acontecimentos relacionando-os
com os preceitos religiosos e a fé. O iluminismo gerou uma onda
revolucionária na Europa cujas
consequências culminaram na ascensão da burguesia ao poder.
Nenhum comentário:
Postar um comentário