A turma do 6o. Ano do Colégio Internacional Signorelli encenou a Batalha de Tróia com figurino de época e com o texto fundamentado no livro Íliada de Homero. O resultado desse trabalho levou a turma a engajar-se na história da Grécia Antiga incluindo na pesquisa o interesse sobre a mitologia.
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O QUE FOI A GUERRA DE TRÓIA?
por
Roberto Navarro
Teria sido uma
guerra da cidade de Tróia, no atual território da Turquia, contra várias
cidades-estados da Grécia, em algum período entre os anos de 1 500 e 1 200 a.C.
"Teria" porque a história desse conflito, narrada em vários poemas
épicos da Antiguidade, mistura poucos fatos reais com muitas doses de mitologia
grega. Até meados do século 19, acreditava-se que tudo não passava de ficção.
Em 1871, porém, foram encontrados os restos superpostos de nove cidades numa
colina na Turquia. Uma dessas cidades soterradas apresentava evidências de ter
sido uma comunidade fortificada, destruída por volta de 1250 a.C. Apesar de ainda
não haver um consenso entre os especialistas, alguns consideram essas ruínas
como a prova de que Tróia existiu mesmo e a guerra também.
Pela versão
puramente mitológica - narrada principalmente na Ilíada e na Odisséia, poemas
épicos atribuídos ao grego Homero, que viveu por volta de 850 a.C. -, a história do
conflito começa numa festa para a qual são convidados os principais deuses
gregos, com exceção de Éris, deusa da discórdia. Como vingança, Éris oferece
uma maçã de ouro à convidada mais bela da festa, gerando uma disputa entre as
várias deusas presentes. Para resolver a questão, Zeus, o grande chefe dos
deuses, exige que o príncipe Páris, filho do rei de Tróia, escolha a vencedora.
Afrodite, deusa do amor, é apontada como a mais bela, mas para conseguir isso
ela ofereceu antes um presente a Páris: o direito de ter a mais bela mortal do
mundo, Helena, esposa do rei de Esparta, uma cidade-estado grega. Após seduzir
e raptar a beldade, Páris atraiu a ira dos espartanos, que conseguiram o apoio
de outras cidades-estados para invadir Tróia e recuperar Helena.
Apesar de
possuírem um grande exército, os gregos cercaram a cidade rival por dez anos
até conseguirem penetrar nas suas muralhas. Quando isso aconteceu, Helena foi
levada de volta a Esparta e a população de Tróia foi massacrada. Os
especialistas que tentam enxergar a história real por trás desses mitos
acreditam que um conjunto de conflitos militares realmente ocorreu durante a
Idade do Bronze (entre 3 000 e 1
000 a.C.). Os gregos lutavam não por Helena, é claro,
mas pelo controle do estreito de Dardanelos. Essa estratégica passagem marítima,
que fica perto de onde teria existido a cidade de Tróia, ligava o mar Egeu ao
mar Negro, uma importante rota comercial da época. Apesar das referências
literárias e das explorações arqueológicas, ainda não há nenhuma evidência
inquestionável de que a Guerra de Tróia realmente aconteceu. Acreditar ou não
nela ainda é uma questão de crença nos indícios encontrados até o momento.
Mas pelo menos
uma coisa é indiscutível: a importância dos mitos relacionados à guerra
contados nos poemas épicos. "São poemas que, no fundo, revelam o modo de
ser do grego de uma época heróica, que servia de modelo comportamental para
aquela sociedade", afirma a historiadora Maria Beatriz Florenzano, da
Universidade de São Paulo (USP). Além de Ilíada e Odisséia, de Homero, o suposto
conflito também inspirou muitos outros autores ao longo dos séculos, do poeta
romano Virgílio - que, no século 1
a.C., foi o autor de Eneida, história sobre um príncipe
troiano que escapa do massacre da cidade e funda Roma - ao escritor irlandês
James Joyce - que, no início do século 20, escreveu Ulisses, em alusão a um dos
principais heróis gregos da Guerra de Tróia.
Cenário lendário
Gregos teriam atravessado o mar Egeu com mil navios
UNIÃO
GREGA
Na época em que
teria ocorrido o conflito, a Grécia não era unificada. O país se dividia em
várias cidades-estados autônomas e independentes, formadas por uma cidade
propriamente dita e pelas áreas agrícolas ao redor dela. Apesar de terem o
mesmo idioma e a mesma religião, essas mininações viviam se hostilizando.
Entretanto, podiam se unir para defender interesses comuns. Nessa polêmica
guerra, várias cidades-estados teriam se juntado para enfrentar os troianos,
com destaque para Esparta, Atenas e Argos.
GUERREIROS
BRONZEADOS
Os relatos de
Homero sobre a guerra contam sobre batalhas em que os dois exércitos se
enfrentavam em campo aberto, com lanças, espadas, machados e flechas. A
principal arma ofensiva era a lança, que podia ter mais de 5 metros de comprimento e
costumava ser arremessada contra o inimigo. As espadas eram de bronze, mesmo
material que reforçava os escudos de couro de boi e os capacetes.
ARMADA
NUMEROSA
Segundo os
textos mitológicos, as várias cidades-estados gregas conseguiram reunir uma armada
de mil navios para atacar Tróia. Homero diz que eram "navios de 50
remos". Por esse relato, deduz-se que eram um típico barco da época
chamado pentekonter, com cerca de 20 metros de comprimento e comandado por um
capitão, que contava com 50 remadores. Essas embarcações raramente se afastavam
da costa, pois transportavam pouca água e suprimentos.
TRÓIA E
AS AMAZONAS
Se Tróia
existiu, ficava no noroeste da Anatólia, a atual Turquia. Ela pode ter sido um
centro comercial entre 1500 e 1200
a.C. Os poemas de Homero revelam que o rei troiano
Príamo, pai de Páris, tinha um império que se estendia pela Ásia Menor. Os
textos épicos também contam que na guerra os troianos receberam ajuda das
lendárias amazonas, mulheres guerreiras.
DIVISA
CONTINENTAL
O local das batalhas
fica no limite entre a Ásia e a Europa
(Fonte: www.mundoestranho.abril.com.br)
Um comentário:
gostei porque me ajudou a fazer um trabalho escolar referente a isso!
mais acho que quando forem fazer teatro caprichar mais seria o essencial pois não foi tao bom assim. quando entrei no site pensei que seria um vídeo mais impactante mais o que vale é a intensão de vocês ajudar e passar para as pessoas o que intenderam mais essa é só uma crítica construtiva obrigado pela ajudinha.
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