Calvino, um francês erradicado na Suíça, pregava a salvação pela predestinação determinada pelo sucesso no trabalho e na prosperidade. Seus dogmas estavam baseados no cristianismo, mas os fiéis realizavam apenas dois sacramentos: o batismo e a eucaristia. Condenavam a adoração a imagens.
Esta doutrina estimulou a burguesia, que antes era condenada pela cobrança de juros por usura, e pelo desejo de lucro. A salvação através do trabalho e caracterização do crescimento econômico como recompensa pela realização de boas obras, levou Max Webber, sociólogo alemão do final do século XIX, a relacionar a defender a ideia de que o protestantismo contribuiu para o desenvolvimento do capitalismo devido ao estimulo ao lucro e ao trabalho como forma de salvação.
Além do Calvinismo surgido na Suiça, a Igreja Anglicana foi fundada por Henrique VIII Tudor, coroado rei de Inglaterra em 1509. Como segundo filho do Rei Henrique VII e Isabel de York, tornou-se Príncipe de Gales e herdeiro do trono após a morte do seu irmão mais velho Artur em 1502. Foi necessário uma dispensa do Papa Júlio II para autoriza-lo a casar com a viúva do seu irmão Catarina de Aragão. O casamento foi celebrado a 11 de Junho de 1509 e resultou apenas numa filha, a futura Maria I de Inglaterra. O desejo de Henrique VIII de ter um herdeiro, bem como a relação amorosa com Ana Bolena fora do casamento, levaram-no a procurar a dissolução do casamento com Catarina junto do Vaticano. As suas tentativas não encontraram sucesso porque o Papa Clemente VII estava sobre pressão do sobrinho de Catarina, o imperador Carlos V. Frustrado as negociações, Henrique VIII ignorou a lei canónica que o impedia de se unir a outra mulher e casou com Ana Bolena em 25 de Janeiro de 1533. Esta atitude de afronta à Igreja Católica valeu-lhe a excomunhão declarada por Clemente em 1533. Após a excomunhão, Henrique VIII decidiu romper com a Igreja Católica, fundando a Igreja Anglicana (Church of England), da qual se declarou líder. Esta decisão tornou-se oficial com o decreto da supremacia (Act of Supremacy) de 1534.
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