Em
Os inconfidentes reivindicavam maior autonomia na produção do ouro, o que significava a isenção dos impostos exigidos pela coroa sobre a extração do minério. A corte portuguesa cobrava 1/5 sob toda a produção, e caso este valor não fosse arrecadado, decretavam a derrama como forma de confiscar o investimento do ouro em propriedades e bens adquiridos pelos colonos a partir da extração.
Os revoltosos foram classificados como traidores, visto que, diante do pacto colonial, quem não auxiliasse no enriquecimento de Portugal não seria merecedor de fazer parte do processo de colonização. No entanto, este processo revolucionário contou com a participação de diferentes grupos sociais, o que determinou formas diferenciadas de punição dos inconfidentes. Por exemplo, no decreto emitido por D. Maria I, dos doze inconfidentes, apenas Tiradentes – Joaquim José da Silva Xavier, o dentista; foi condenado à execução, enquanto os demais, caracterizados como fazendeiros e militares foram condenados ao exílio na África. Tiradentes foi levado ao Rio de Janeiro onde foi enforcado em praça pública e depois esquartejado.
Um século depois, em
O imaginário nacional republicano foi tão bem elaborado que a popularidade de Tiradentes como herói é comemorada e celebrada como feriado nacional, onde a data escolhida permaneceu como forma de memória o mesmo dia em que foi realizada sua execução: 21 de abril de 1792.
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