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21 de julho de 2020
5 de agosto de 2019
A QUEDA DA BASTILHA E O INÍCIO DA REVOLUÇÃO FRANCESA.
A Queda da Bastilha por Voyager. |
As
ideias iluministas que estavam ascendendo rapidamente nessa época contrariavam
a ideologia do Antigo Regime. Na segunda metade do século XVIII, na França, as
coisas não estavam indo nada bem para o Rei Luís XVI e para a aristocracia. O
rei francês não imaginava que às consequências da política absolutista
determinaria uma revolução que mudaria o mundo.
O
Terceiro Estado francês era vítima do absolutismo há mais de trezentos anos e
estava completamente revoltado com o Antigo Regime. Essa revolta foi causada
pela sociedade de privilégios, formada porque o clero e a nobreza tinham
isenção de impostos, e essas taxas eram pagas somente pelo Terceiro Estado.
Além disso, o poder centralizado nas mãos do rei; a hereditariedade das terras;
e a crise causada pelas más colheitas devido ao inverno rigoroso, foram fatores
que somaram-se a insatisfação do Terceiro Estado.
O
rei, em uma tentativa de amenizar a insatisfação do Terceiro Estado convocou a
chamada Assembleia dos Notáveis.
Essa
assembleia foi uma medida paliativa de tentar fazer uma reforma fiscal que
suprimia as isenções fiscais que beneficiavam nobres e clérigos e, além disso,
submetia todos os proprietários de terras a pagar uma "subvenção
fiscal". Porém, como o voto da Assembleia era por Estado e não por pessoa,
o clero e a nobreza se juntaram contra o Terceiro Estado para manter seus
privilégios.
A
crise financeira se desdobrou em uma crise política e administrativa e,
pressionado, o rei convocou os Estados Gerais.
Os
Estados Gerais eram uma assembleia composta por representantes de cada Estado,
que não se reunia desde 1614. Eles se reuniram em Versalhes, com objetivo de fazer
com que os votos fossem contados por cabeça. Contudo, o Terceiro Estado não
atingiu os objetivos, porque a aristocracia se reuniu contra os revoltosos
impedindo que a ampliação da participação política popular ocorresse.
Diante
disso, os representantes do Terceiro, com o apoio de alguns membros do clero,
se retiraram da reunião. Alguns dias depois, esse grupo formou uma assembleia
geral permanente e jurou que permaneceria unida até que uma Constituição fosse
aprovada pra França.
O
clima estava tenso na sociedade francesa. As classes dominantes estavam sem
força política para resistir à opressão popular. O monarca ordenaria que os
deputados que restavam se unissem aos outros, enquanto, secretamente,
mobilizaria tropas ao entorno de Paris e Versalhes. Assim, no dia nove de julho
de 1789, foi proclamada a Assembleia Nacional Constituinte.
Com
a Assembleia Nacional, o rei foi motivado a tomar medidas mais radicais. Entre
elas, a demissão do ministro Jacques Necker, que foi o estopim para a revolta
popular. Nesse contexto, em quatorze de julho de 1789, o povo foi às ruas e
tomou a Bastilha, uma prisão política, em busca de armas.
A
Tomada da Bastilha consolidou a oposição popular contra o absolutismo de Luís
XVI, dando início a maior revolução social da História: A Revolução Francesa.
(Autor do texto: João Victor Gama).
15 de abril de 2019
O ABSOLUTISMO EM CHEQUE. Por João Victor Gama
No século XVII, em meio ao
constante crescimento burguês na Europa, os países eram governados
pelo Antigo Regime, que consistia em um governo absolutista,
onde o rei detinha o poder total.
No que se refere à economia, as
monarquias absolutistas acumulavam capital através do mercantilismo.
O mercantilismo era um conjunto de práticas econômicas exercidas
pelo rei com objetivo de enriquecer o Estado através no
protecionismo, do monopólio, colonialismo, expansão manufatureira.
A sociedade no Antigo Regime era
hierarquizada. O clero e a nobreza possuíam privilégios por serem
isentos do pagamento de impostos. Neste contexto, o terceiro estado,
formado por camponeses, artesãos e burgueses sustentavam o clero e a
nobreza - representantes do primeiro estado; pagando impostos.
Com a crescimento da burguesia e
a falta de mobilidade social em uma sociedade estratificada,
difundiu-se em muitos países da Europa ideias que defendiam o fim do
estado absolutista através de uma nova doutrina política e social
que propunha a transformação do Antigo
Regime em um governo
liberal burguês.
O Iluminismo foi um novo
conjunto de ideias, caracterizado pelo racionalismo humano. Esse
pensamento dizia que a razão deveria se sobrepôr ao dogmatismo
religioso. Os principais pensadores iluministas, que foram
majoritariamente do terceiro estado, desenvolveram as ideias que
futuramente revolucionaram a Europa, e determinaram
o fim do absolutismo.
Entre eles, Jonh Locke defendeu a liberdade política e econômica.
Locke defendia o
contrato social, onde o rei estabelecia um pacto de responsabilidade
com a sociedade. Nesta relação, a sociedade civil teria o direito
de substituir ou rebelar-se contra o governo tirânico. Diderot e
D´alambert juntaram todos os conhecimentos existentes e escreveram a
Enciclopédia. Barão de Mostesquieu propôs a divisão de poder em
três – legislativo, executivo e judiciário. Jacques
Rosseau, foi grande filósofo francês que pontuou
a importância do governo sempre sujeitar-se a vontade geral dos
cidadãos.
Essas ideias tomaram grandes
proporções rapidamente pela Europa. Buscando
frear o liberalismo burguês e manter-se no poder, alguns reis
absolutistas – Prússia,
Espanha, Portugal, Rússia e Áustria
- praticaram o despotismo esclarecido, que foi um ato de implementar
ideias iluministas dentro do reino. Esses
soberanos utilizaram os ensinamentos propostos pelas teorias
iluministas sem abrir mão do absolutismo na prática política.
O
pensamento iluminista influenciou a mentalidade europeia a partir do
século XVIII, modificando a visão tradicional do homem moderno
através da razão e da ciência demonstrando uma nova forma de
explicar a realidade, que cabia à Igreja justificar os
acontecimentos relacionando-os
com os preceitos religiosos e a fé. O iluminismo gerou uma onda
revolucionária na Europa cujas
consequências culminaram na ascensão da burguesia ao poder.
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