Com as expansões marítimas, os europeus partiram em busca da construção de impérios coloniais. A idéia de expandir domínios além da Europa estava relacionada com a acumulação de capitais, principalmente de ouro e prata, o que poderia ocorrer por meio do comércio de especiarias ou através da conquista de novas terras repletas de metais preciosos.
Em 1492 a Espanha, junto à esquadra de Colombo, chega a América Central. A organização indígena existente no México vivia do comércio do excedente de produção, era urbanizada e possuía o domínio de metais preciosos. A Conquista da América chefiada por Hernán Cortez dizimou os astecas objetivando o “Eldourado”, ou seja, toda a reserva de metais preciosos.
Com os portugueses a história tomou um curso diferente. A chegada ao Brasil e o encontro com populações indígenas tribais caracterizou o litoral brasileiro como uma rota de abastecimento e pouso antes de seguir para o comércio de especiarias com as Índias. De 1500 a 1530 os portugueses ocuparam o litoral com feitorias – armazéns; e através do escambo trocavam com os indígenas quinquilharias por produtos exóticos. O ganho vinha da extração de pau-brasil, visto que a planta servia como corante vermelho para tingir tecidos, e por isso muito apreciado pelos europeus.
Os ingleses, por sua vez, tinham outros objetivos coloniais. A Inglaterra investia nos corsários – piratas contratados pelo Estado; e na produção de manufaturas, pois a colonização não era a prioridade inglesa. Com a Reforma Religiosa ocorrida no século XVI, protestantes foram perseguidos por católicos e uma guerra civil foi iniciada em Londres. Além disso, os camponeses estavam sendo despejados de suas terras em função objetivos industriais ingleses. Os protestantes perseguidos e camponeses expropriados seguiram para as colônias inglesas na América do Norte desenvolvendo treze colônias que se dividiram em modelos coloniais distintos, caracterizados como: povoamento e exploração.
Os objetivos econômicos relacionados à utilização da terra como fonte de riquezas, determinou tipos coloniais diferentes definidos como povoamento e exploração. A colônia de povoamento esta desassociada ao pacto colonial – monopólio real; o que implica em maior autonomia das colônias. Neste sistema colonial a terra é dividida em pequenas propriedades, o trabalho é livre e a economia é voltada para o mercado interno. As treze colônias inglesas da América do Norte desenvolveram este modelo colonial.
O modelo de exploração caracterizou-se de forma diferente. Em função do pacto colonial, a exportação das riquezas era uma exigência para o enriquecimento da metrópole, e por isso, a colônia não possuía autonomia para desenvolver-se. As terras eram divididas em grandes propriedades – latifúndios, o trabalho era escravo e a produção monocultora. O Brasil, a América espanhola e parte das Treze Colônias inglesas desenvolveram este modelo, criando diferentes formas de povoamento e produção.
Nas colônias portuguesas, a partir de 1530, os portugueses efetivaram a colonização devido ao declínio do comércio de especiarias nas Índias, e também devido à ameaça de invasões estrangeiras ao litoral brasileiro. As capitanias hereditárias foram criadas como forma de dividir a terra, proteger, produzir e ocupar. O donatário recebia a terra do rei e com recursos próprios deveria plantar o açúcar e implantar os engenhos, que na época custavam caro em função da tecnologia.
Poucas capitanias prosperaram, pois muitas não conseguiam recursos e sofriam com os ataques e resistência dos indígenas. As que prosperaram chefiadas por Martin Afonso – São Vicente, Duarte Coelho - Pernambuco, desenvolveram um sistema de administração conhecido como sesmarias, onde o donatário doava terras aos sesmeiros para que estes ocupassem e produzissem.
Um comentário:
queria pedir parcerias meu blog é nerfeaqui.blogspot.com
este blog me ajudou na materia para passar de ano
muito obrigado
raphael
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