A Guerra dos Cem Anos teve incio no ano de 1337 a 1422. O conflito teve envolvimento da França e Inglaterra, os ingleses haviam dominado territórios franceses na Aquitânia, Normandia, Poitou e Gascônia, e transformaram os franceses desta região em vassalos, tal domínio incomodou o rei francês que decretou a guerra à Inglaterra dando inicio a desavenças que se tornaram históricas.
Ao final de batalhas sangrentas como a de Crecy (1346) e Portier (1356), a vitoria inglesa complicava o projeto de unificação dos reinos franceses em disputa. Em 1422, Henrique VI da Inglaterra foi coroado rei francês, mas os franceses não desistiram de reaver seus domínios e mantiveram-se fiéis ao filho do rei, Carlos VII, coroando-o também em 1422. O conflito foi novamente retomado, no entanto, assumindo postura de guerra civil, pois alguns reinos os borguinhões se aliaram aos ingleses e os outros mantiveram-se aliados à França.
Neste período, a figura da heroína francesa Joana D´Arc aparece como símbolo da libertação da cidade de Orleans dos ingleses. Para convencer o rei francês Carlos VII de que uma mulher deveria lutar no exército francês e libertar a cidade de Orleans, Joana D´Arc assumiu ao monarca as visões que tinha de um suposto anjo que lhe dizia as batalhas que a França seria vitoriosa. Após ser submetida a testes para aprovar sua mediunidade, Joana D´Arc vestiu roupas masculinas, e armou-se para lutar ao lado dos franceses.
Com a libertação de Orleans, os ingleses pensaram que os franceses iriam tentar reconquistar Paris ou a Normandia, e ao invés disto, Joana D´Arc convenceu o Delfim a iniciar uma campanha sobre o rio Loire. Joana D´Arc e o exército francês dirigiram-se a vários pontos fortificados sobre pontes do rio Loire, e em 1429 venceu a batalha de Jargeau e outras batalhas que se sucederam.
Em 1430, Joana D'Arc retomou a campanha militar e passou a tentar libertar a cidade de Compiègne, onde acabou sendo dominada e capturada pelos borguinhões, aliados dos ingleses. Joana foi presa em 23 de maio de 1430 e conduzida à Beaulieu-lès-Fontaines, onde foi inquirida pelo Duque de Borgonha, Felipe, o Belo. Naquele momento Joana D´Arc se tornou prisioneira e propriedade do Duque de Luxemburgo. Ela foi levada ao Castelo de Beaurevoir, onde permaneceu enquanto o duque de Luxemburgo negociava sua venda aos ingleses.
Após o julgamento e acusação por traição e crime de heresia, Joana D´Arc foi queimada viva no ano de 1431, com apenas dezenove anos. A cerimônia de execução aconteceu na Praça do Velho Mercado (Place du Vieux Marché), em Ruão. A acusação de bruxaria que levou a heroína francesa à morte, sofreu uma revisão do processo que começou a partir de 1456 quando foi considerada inocente pelo papa Calisto III, e o processo que a condenou foi considerado inválido. Em 1909 a Igreja Católica autorizou a beatificação de Joana D´Arc. Em 1920, Joana d'Arc é canonizada pelo papa Bento XV.
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