Azur e Asmar são personagens do filme do francês Michel Ocelot que procura retratar preconceitos, diferenças étnicas e culturais por meio de uma relação de amizade e o desejo de conquistar uma linda fada.
No filme, Azur é um menino rico, branco e europeu que na ausência da mãe é criado pela babá de etnia negra e língua árabe. Azur é cresce com Asmar, que é filho da babá. As diferenças entre os dois “irmãos” são pontuadas por Ocelot não só pelas questões culturais e étnicas, mas também por meio da educação, da diferença entre as classes sociais e, sobretudo, do tratamento dado aos imigrantes.
Ocelot tem o cuidado de não declarar ao telespectador os locais de origem de Azur e de Asmar. A língua de Asmar no filme não possui legenda, apenas o idioma francês é traduzido. No decorrer do filme o telespectador interage com naturalidade com as duas culturas, de forma a compreender o idioma de Asmar.
O filme pontua o estranhamento cultural através da introdução de personagens que demonstram a importância da diversidade de classe, religião, gênero, idade e raça. Essa afirmativa se intensifica não só pela relação de irmandade entre Azur e Asmar, como também no fato do melhor amigo de Azur, Caproux, ser um mendigo. Crapoux ajuda Azur a encontrar a sua babá em um país onde a cultura local tem como tradição a superstição de considerar os que possuem olhos azuis como pessoas azaradas. Diante disso, Azur decide fingir que é cego, nesta situação conhece o amigo Crapoux e inicia uma grande aventura em busca da fada dos Dejins.
Trazer esta história para a sala de aula permite que os alunos observem e debatam as diversidades culturais descritas no filme. A obra de Ocelot pode ser utilizada em todo o Ensino Fundamental II, onde o professor pode promover debates sobre xenofobia, racismo, diferenças culturais e religiosas, entre outros temas que podem ser abordados tanto no contexto atual como em situações históricas especificas. Como forma de avaliação, além de um relatório sobre o filme, o professor pode pedir aos alunos que desenhem o que mais gostaram e solicitar aos mesmos que comentem suas obras de arte para os colegas de classe. O desenho que ilustra esta postagem é do aluno da Escola Beit Menachem do 7º Ano, Moshe Berkes, que se encantou com as aventuras de Azur.
Nenhum comentário:
Postar um comentário