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3 de dezembro de 2010
Os Bosquímanos: uma comunidade africana que sobrevive.
Os bosquímanos, ou homens dos bosques, vivem no sul da África há pelo menos 100 mil anos, na região central do deserto do Kalahari, na Namíbia, atual Botswana Segundo a datação de carbono realizada por pesquisadores em pinturas feitas nas rochas da região, os bosquímanos foram os primeiros habitantes do sul da África criando o elo mais antigo com os homens das cavernas. Exames de DNA provaram que eles estão entre os povos mais misturados e, portanto, os mais antigos do mundo.
Apesar de serem classificados como uma das comunidades mais antiga do mundo, sua história apresenta relatos de dominação e ameaça de extinção.
Os bosquímanos caçavam e colhiam frutos na savana e nos bosques quando os negros bantos vieram do norte e tomaram suas terras para plantar e criar animais há cerca de 2.500 anos. No século XV, os portugueses utilizaram os bosquímanos como mão de obra escrava, e posteriormente, com o domínio dos holandeses e franceses da África do Sul, estas sociedades quase sucumbiram ao desaparecimento, e hoje lutam para superar o extermínio cultural e resistir na África em condições de pobreza.
O deserto do Kalahari é muito seco e quente, por isso, esta sociedade desenvolveu técnicas de sobrevivência através da retirada de água de plantas como melões e tubérculos. A natureza transmite tudo o que precisam. A caça é uma atividade típica dos bosquímanos, e as ferramentas de assemelham aos dos homens primitivos, como o arco e flecha. Para apanhar a presa utilizam um veneno na ponta da lâmina que adormece o animal para que depois este seja executado.
As aldeias construídas são feitas com cabanas de palhas, e os indivíduos se deslocavam em busca de caça e coleta como uma cultura de semi-sedentarismo. Cultuam deuses e fazem rituais.
Hoje, esta sociedade sofre com a miséria e a impossibilidade de continuar a viver aos moldes de sua cultura tradicional. As aldeias foram transformadas em áreas para turistas, perdendo a mobilidade. Poucos são os recursos que permitem a caça, e a ajuda com mantimentos e medicamentos é precária. A modernidade, as armas de fogo, a domesticação de animais e a cultura da propriedade privada, determinaram a submissão desta sociedade a um modelo da qual não estão acostumados a viver e tiveram que se adaptar. A grande maioria dos bosquímanos desapareceu e os que resistem vestiram-se e passaram sustentar-se das pastagens de gado e de plantas silvestres, vivendo em situação de extrema pobreza.
Curiosidade: Se estiver interessado em ver um legítimo bosquímano como um ator de Hollywood, e entender de forma cômica a relação entre esta comunidade e a nossa sociedade, assista aos filmes: “Os deuses devem estar loucos I e II”.
Literatura marginal no período da ditadura militar (1964/1985)
Para que exista um bom governo, é preciso que haja acima de tudo o respeito a democracia e ao povo! Portanto, um governo que se baseia apenas na opinião dos chefes políticos, e a partir daí ele controla a população com a censura da imprensa, cassação de mandatos, perda dos direitos políticos, não pode ser interpretado com um bom governo.
No período da ditadura militar brasileira a população não tinha escolha, ou estava com o governo, ou quem estivesse contra seria punido!
A melhor forma de governo é a que vivemos atualmente: a democracia. Nela somos cidadãos e elegemos nossos representantes através do voto direto e secreto, podendo expressar nossas opiniões sem sofrer com isso.
TEXTO: Eduardo (T905)
Nesta seção do Blog Pensando Alto apresentaremos trabalhos realizados com o 9o Ano do Colégio Pedro II/ USCII, utilizando a literatura marginal, uma espécie de mídia alternativa que tinha o objetivo de driblar a censura da ditadura militar. Confira!
O golpe militar: sem mentiras!
Em trinta de março de sessenta e quatro
Nesta época eu estava estudando no quarto ano
Eu escutei na cidade alguns rojões estourando
O golpe estava deflagrado lá no Rio de Janeiro
O país quase inteiro, aquela revolução apoiava
Porque tinham muito medo do tal comunismo
Que com muito cinismo a nossa elite propagava.
Firam vinte anos de trevas, mentiras e prisão
Se falasse a verdade, vinham as perseguições
E só tinha razão, quem o golpe apoiasse.
Os intelectuais que não aceitaram mentiras
Então pelos tiras eram torturados e até mortos,
Pois o poder temia que a verdade triunfasse.
POESIA: Iria e Mariana (T905)
A ditadura militar (1964/1985)
Tudo começou com um golpe militar
Dia 31 de março de 1964
Porém ninguém imaginava quanto tempo ia durar
E que vinte anos demorariam tanto a passar...
Políticos, grupos ligados ao governo e classes trabalhistas foram reprimidos
Integrantes de partidos perseguidos e presos
No exílio pensavam assim:
Quando será que isso vai ter fim?
Associações empresariais, porém, festejavam o golpe acompanhados da imprensa
Agradeciam os militares, davam viva à revolução!
E aos subversivos pediam repressão.
Mesmo tentando esconde o que acontecia
Os olhos do povo não se enganavam
Queria parecer democracia
Mas era a ditadura que chegava
Sendo puxado pelos “linha dura”
Repreendendo com violência seus supostos inimigos
E com a fúria dos “linha dura”
Veio o Ato Institucional número cinco
“Censurar a imprensa, decretar estado de sítio”
Era a liberdade de expressão que se despedia
Nada mais passava pela censura
Foram dez anos de pura repressão e sofrimento
Copa de 1970, nação agitada
Crescimento da economia
E a ditadura ainda armada.
Ao final com a política lenta e gradual
O período militar terminou
Em meio ao crescimento dos índices de inflação
Foi um grande alívio para a população.
Diretas Já! Pela oposição!
Eleições diretas e livres
Não desta vez
Tancredo Neves versus Paulo Maluf
Esta luta Tancredo venceu
Porém, mais tarde adoeceu.
Logo após, Sarney entrou
E o seu Plano Cruzado lançou.
Mas a amoeda não mudou
E os preços e salários não congelou
Enfim uma nova constituição em 1988 se instalou.
POESIA: Andressa (T905)
O pior dos mundos
2 de dezembro de 2010
Reflexões sobre o filme Azur e Asmar. Confira os trabalhos do 7o Ano do Colégio Pedro II/ USCII
O filme Azur e Asmar retrata a diversidade cultural, pois mostra um menino branco europeu e um menino negro africano, que foram criados juntos por Janani, mãe de Asmar e babá de Azur, até serem separados na infância.
Quando Azur fica adulto resolve ir atrás da fada dos Dijins (fábula contada por Janani à ele), só que sua embarcação naufraga, mas por sorte conseguiu chegar ao seu destino final: a África.
Na África Azur foi mal recebido, pois tinha olhos azuis – estereótipo de azar. Em seguida encontrou Crapuox, outro europeu com olhos azuis que apresentou-lhe mal a cidade e mostrou-lhe outro estereótipo, a de que gato preto dava azar. Na cidade encontrou sua ex-babá e asmar que não o aceitou como irmão, até que após varias aventuras eles conseguem agnhar a confiança um do outro para salvar a fada dos Dijins.
TEXTO de Matheus de Carvalho (T709)
DESENHO de André (T701)
Os irmãos Azur e Asmar
Numa expedição do outro lado do mar
Um jovem rapaz, sua babá foi encontrar
Com coragem e determinação
Seguiu seu coração
Após naufragar
E no seu destino chegar
Encontrou habitantes que mandou ele sair
Ele focou triste, pois não o queriam ali
Ficou deitado de baixo da luz
Até que um homem chegou dizendo
Que eles os rejeitavam porque tinha olhos azuis
O rapaz disse: por que me rejeitar?
O meu olhos azuis tem?
Eles dizem que dá azar.
POESIA: Gabriel Henrique (T 701) DESENHOS:Carlos Eduardo Almeida e Ariane (T709)Azur e Asmar
Na França, em algum lugar,
Nascia Azur e Asmar:
Azur ,filho de um grande nobre;
Asmar, filho de uma mulher pobre;
Mas Azur cuidado por sua babá
De Janine, adquiriu seu costume e falar
E na Fábula dos Dijins passou a acreditar.
Azur e Asmar começaram a brigar,
Por querer as mesmas coisas
E o pai de Azur, mandou-o estudar em outro lugar
Dispensando Janine e Asmar,
Que não tinham lugar para ficar;
Janine já frustrada ficou magoada
Por Azur ir embora sem dizer nada,
Mas ela não sabia,
Que ele fora proibido,
E triste tinha ficado.
Depois de anos, Azur um jovem forte
Viajou em alto mar, para encontrar
A Fada dos Dijins e com ela se casar
Porém, sua caravela naufragou
E pelas águas foi levado
A uma terra triste e estranha
Ao chegar à terra desconhecida
A terra de sua babá
Onde o gato preto e olhos azuis traziam azar
E Azur, cego decidiu ficar
Foi quando encontrou Caproux
Um homem etnocêntrico e totalmente racista
Tinha também olhos azuis
Caproux tornou-se guia de Azur
Que ao chegar na cidade ouviu uma doce voz
Tranquila e calma, a voz de sua ex-babá
E em sua porta, começou a bater e gritar
Janine lembrou-se de Azur
E o convidou para em sua casa ficar
Os tempos mudaram:
Janine agora uma comerciante grande e forte
E Azur sujo e probre
Mas Janine, como sua mãe,
Banhou, vestiu e o alimentou
Asmar chegou,
E se recusou falar com Azur
E disse que iria se casar com a Fada dos Dijins
Azur também queria ir
E Janine aconselhou-o a falar com os grandes sábios:
O sábio Xaodoha e a Princesa Sossaba
Depois de aconselhar-se com o sábio Xaodoha
E de receber ajuda da pequena e grande princesa
Foi com seu irmão em busca da grande Fada
Depois de passar por vários desafios
Houve uma discussão
Quem se casaria com a Fada dos Dijins?
Chamou a mãe, o sábio, à princesa
E até Caproux, que se ofereceu a casar-se com a Fada
Mas nada adiantou
E a Fada dos Dijins chamou sua prima
Que se apaixonou por Asmar;
Azur casou-se com a Fada dos Dijins;
Caproux casou-se com Janine
E todos ficaram felizes
Mostra-se que independente
Das diferenças culturais ,religiosas e raciais
Devemos respeitar , aceitar
E saber lidar com o diferente
“Pois o diferente é normal”
POESIA: Victor Vieira Nunes (T712)
DESENHOS: Aline Lemos (T701)