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1 de outubro de 2010

Jornal Tele História II

Diário de Bordo: veja relatos das expansões marítimas do século XV.

SHOÁ: O HOLOCAUSTO

O ano de1942 foi um sombrio. O mundo vivia o caos da 2ª Guerra Mundial. Parte da Europa, como a: Polônia, Dinamarca, Noruega, Bélgica, Holanda e França estavam sob a ocupação alemã. A Inglaterra estava sendo bombardeada, a URSS havia sido invadida e os EUA entraram na guerra após o ataque do Japão à base militar de Pearl Harbor. Para os judeus este ano foi fatídico. Em 20 de novembro de 1942, as autoridades nazistas se reuniram em Wannsee, no subúrbio de Berlim para coordenar o projeto de aniquilação de todos os judeus na Europa. As perseguições contra os judeus haviam começado desde a Idade Média, e ressurgiam de tempos em tempos. Na década de 1930, com a chegada e Adolf Hitler ao poder na Alemanha, o anti-semitismo cresceu. Hitler e seus companheiros do partido nazista acusavam os judeus de serem os responsáveis por todos os males que afligiam a sociedade, e em especial, pela crise econômica em que estava imerso o país. Para os nazistas, o progresso nacional só viria se a população alemã se purificasse dos elementos inferiores, tais como: os deficientes físicos e mentais, os homossexuais, os ciganos, e principalmente os judeus. A raça ariana era vista como superior, e por isso era necessário proibir o contato entre alemães – “puros”; com as raças inferiores. Toda esta ideia havia sido escrita abertamente por Hitler em seu livro “Mein Kampf” – “Minha Luta”, publicado em 1925, o que facilitou a propagação dos ideais nazistas. Foram expedidos inúmeros decretos nazistas visando à discriminação e segregação dos judeus na Alemanha. Aos poucos, os judeus foram privados dos direitos civis, demitidos do serviço público e militar, proibidos de se casar com alemães, e por fim obrigados a carimbar em seus documentos a letra “J” em vermelho para serem facilmente distinguidos. As crianças judias foram proibidas de freqüentar as escolas alemãs. Os universitários judeus foram expulsos das faculdades. Os médicos e advogados proibidos de trabalhar. Até que todos os judeus, inclusive as crianças, foram obrigados a pregar na roupa uma estrela de Davi amarela com a letra “J”. As sinagogas foram interditadas, os objetos de rituais judaicos foram profanados, as casas e lojas dos judeus depredadas. O acesso dos judeus a determinadas ruas e praças foi interditado, e todos foram obrigados a se mudar para guetos, ou seja, bairros fechados de onde não poderiam sair. As condições de vida nos guetos se tornaram desumanas, pois faltava comida, água, roupa, remédios e espaço. Milhares de judeus morreram de fome, de frio ou de doenças que se espalhavam rapidamente pelos guetos. No final de 1941, o contato entre judeus e arianos já havia sido praticamente abolido. Mas os nazistas nãos se contentaram, pois o que desejavam era deixar toda a Europa livre de judeus. E foi isso que planejaram na Conferência de Wannsee em janeiro de 1942. O genocídio começou naquele ano, e perdurou até a derrota definitiva da Alemanha na guerra em maio de 1945, cujo saldo de mortes entre os judeus chegava aos 6 milhões de indivíduos, ou seja, um terço da população judaica mundial. As autoridades nazistas chegaram a conclusão de que a matança dos judeus não deveria ocorrer abertamente, e por isso decidiram criar os campos de concentração. Em 1942, os judeus foram deportados em massa para os campos de Auschwitz, Treblinka, Belzek, Sobibor, Kajdanek, Dachau, Buchenwald, Bergen-Belsen e outros. Nos campos de extermínio, os prisioneiros eram colocados em fila e encaminhados a um recinto onde eram informados que iriam tomar banho. Em seguida fechavam-se as portam e abriam os chuveiros por onde saia um gás letal. Os cadáveres eram incinerados em gigantescos fornos. O maior dos campos de concentração foi Auschwitz na Polônia, onde morriam mais de 20 mil judeus por dia. Esse extermínio da população judaica ficou conhecido como holocausto, ou Shoá em hebraico.

TEXTO ESCRITO PELA ALUNA SHLOMY KRUMMER. 8º ANO ESCOLA BEIT MENACHEM.

HISTÓRIA DE OLGA BENÁRIO. RESUMO DO FILME OLGA

Olga Benário nasceu em uma família judia em Munique na Alemanha no dia 12 de fevereiro de 1908. Seu pai Leo Benário era um advogado social democrata e sua mãe Eugénie era uma dama da alta sociedade que não apoiava as idéias revolucionárias da filha. Em 1923, aos 15 anos, Olga entrou para o partido comunista. Em 1926 foi presa por traição e libertada poucas semanas depois. Em 1928 liderou uma missão no Tribunal de Justiça para libertar seu companheiro Otto Braun, comunista e revolucionário que havia sido sentenciado à prisão de Berlin-Moabit. Em 1934 Olga foi designada para uma missão cujo objetivo era levar em segurança ao Brasil o líder comunista Luís Carlos Prestes. Ambos deveriam se passar por marido e mulher para ajudar no disfarce. Durante a viagem Olga e Prestes se apaixonaram. Devido a influência comunista de Prestes, e da popularidade proveniente da Coluna Prestes, Getúlio Vargas, durante o governo provisório, desenvolveu uma lei de segurança que permitia prender todos aqueles que se opusessem ao governo. Prestes liderou a Aliança Nacional Libertadora acreditando que, tal como a Coluna Prestes, militares, tenentes e comunistas o apoiariam em uma frente política revolucionária comunista, de caráter antifascista e anti-imperialista. O movimento de Prestes se colocava em oposição ao integralismo e a filosofia fascista do governo Vargas, e pretendia a revolução com o apoio da URSS. Este movimento ficou conhecido como Intentona Comunista. Com o fracasso da revolução, Olga e Prestes foram presos e separados. Grávida de Prestes, Olga travou uma batalha contra o governo para ter sua filha no Brasil e não ser deportada para Alemanha nazista, devido ao fato de ser judia. Como uma vingança pessoal de Vargas e Filinto Müller contra Prestes, Olga foi deportada para a Alemanha. Na madrugada de 27 de novembro de 1936, nasceu Anita Leocádia, a filha de Olga e Prestes. Leocádia, mãe de Prestes, fazia uma grande campanha na Europa pela liberdade de Prestes, Olga e Anita. Devido a esta campanha em favor dos direitos humanos, Olga pode ficar com a filha até não poder mais amamentá-la. Quando Anita completou 14 meses foi retirada de Olga, e a avó obteve a guarda da neta. Porém, Olga inicialmente acreditava que Anita poderia ter sido levada pelos nazistas, e só ficou sabendo tempos depois que Anita estava a salvo. Em 1938 Olga foi levada para o campo de concentração de Lichtenburg, e em 1939 para Ravensbrück, o único campo feminino. Em fevereiro de 1942, Olga foi executada na câmara de gás com mais de 200 prisioneiros no campo de Bernburg.

TEXTO ESCRITO PELO ALUNO GUSTAVO MEDIROS T905 CPII/USCII

IMPRESSÕES E CRÍTICAS DO FILME OLGA

CRÍTICA DO ALUNO DANIEL ALVES T905 CPII/USCII: O filme Olga, realizado em 2004, pelo diretor Jayme Monjardim, conta a respeito da alemã, judia e comunista Olga Benário, mulher do líder comunista brasileiro Luiz Carlos Prestes. Filha de uma família de classe média alemã, Olga rompeu com sua classe de origem para se dedicar à causa socialista, unindo-se ao governo revolucionário soviético. O filme deixa clara a posição do governo Vargas, e não deixa de beber no maniqueísmo freqüente da política da época ao pontuar as diferenças entre direita, esquerda, democracia e ditadura. Dentro da temática da revolução vivida nos anos de 1930 no Brasil e no mundo, o filme destaca o romance de Olga e Prestes, o nazismo e a presença dos campos de concentração, e aí os clichês não poderiam faltar. Mensagens de esperança, dor e sofrimento se alternam a discursos revolucionários e utópicos. Olga quer mudar o mundo, como todo bom revolucionário socialista que se preze, nem que seja à força. Não há maior clichê do que a conversa entre a adolescente Olga e seu pai, quando ela decide deixar a família e se unir aos soviéticos na luta pela revolução comunista em todo o mundo. Após nascer a filha de Olga, Anita Prestes, os nazistas permitem que o bebê seja amamentado por 14 meses na enfermaria da prisão alemã. Este é o único momento em todo o filme que vemos Olga feliz. A personagem escreve cartas para Preste, que estava preso no Brasil, falando sobre o nascimento da filha. Essas cenas são o prólogo para a crueldade que se inicia quando Anita ao desmamar é tomada à força de Olga. O filme termina com a leitura da última carta de Olga destinada à Prestes e Anita, antes da revolucionária ser morta na câmara de gás em um campo de concentração.

CRITICA DO ALUNO MATEHUS CRISTIANO T905 CPII/USCII: É interessante observarmos na história de Olga como as manifestações populares têm capacidade para mudar e romper com o governo capitalista. Afinal, foi graças a voz socialista da época que Olga protestou durante toda sua vida, e assim conseguiu ficar com a filha Anita durante algum tempo. A história de Olga retratada no filme nos dá a esperança de mudar nosso país, cheio de políticos corruptos, problemas sociais e falta de direitos básicos como: comida, água e habitação. Além disso, é interessante observar através do filme que o capitalismo não é tão bom quanto parece. Não que os comunistas sejam “bonzinhos”, afinal sabemos de vários atos reprováveis dos comunistas, como governos ditatoriais, perseguições, campos de concentração, e etc. Devemos lutar por nossos direitos e por nossas convicções, está é a mensagem de Olga Benário.

MOVIMENTO MURALISTA MEXICANO

O MOVIMENTO MURALISTA


O movimento Muralista nasceu no México a partir da Revolução Mexicana em 1910. A revolução tinha como objetivo derrubar o ditador Porfírio Dias por meio de uma mobilização popular, que contou com lideranças importantes como Emiliano Zapata e Fracisco Doroteo Arango, conhecido como Pancho Villa. Os muralistas ganharam expressividade após a revolução, durante a década de 1920 e 1930. Os murais representavam a grandiosidade e a expressividade da história nacional mexicana, e de forma popular procuravam romper com a estética burguesa da pintura de cavalete. Diego Rivera, José Clemente Orozco e David Siqueira aliaram o talento aos ideais revolucionários e consagraram-se como os artistas principais do movimento muralista. Diego Rivera preocupava-se com o popular e, sobretudo, com o resgate histórico através da representação dos indígenas pré-colombianos. A postura comunista de Rivera justificava a ênfase de suas obras no cotidiano dos trabalhadores como forma de realizar uma critica social através do simbolismo e da arte. A exploração dos trabalhadores aparece de forma temática em suas obras ao descreve as particularidades da vida dos trabalhadores mexicanos, retratando desde a índia tecelã, ao oleiro e o lavrador, as oficinas de fundição, as usinas de açúcar e minas. Em 1929, Diego Rivera casa-se com Frida Khalo. Diferente de Rivera, Frida optou pela subjetividade como forma de expressar sua história de vida. Em suas obras é possível observar o auto-retrato e a ilustração de acontecimentos trágicos que sofreu, como um acidente aos 18 anos quando o bonde no qual viajava chocou-se com um trem. O pára-choque de um dos veículos perfurou as costas de Frida, atravessou sua pélvis e saindo pela vagina. Este episódio nefasto levou a artista a pintar o colete ortopédico que tinha que usar diariamente até se recuperar da lesão sofrida. A pintura do colete de gesso ficou intitulada como A Coluna Partida. O período do movimento muralista teve forte influência do comunismo. A ideia de revolução e a luta de classes como forma de romper a dominação capitalista servia como inspiração aos artistas da época. Tal influência chegaria ao Brasil e ganharia expressividade no movimento modernista e nas obras de Cândido Portinari. Desde a década de 1920 quando concluiu o curso da Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, Portinari já demonstrava o talento por meio das cores e dos temas de sua obra. A preocupação com o nacional e com o social levou a artista a pintar murais, onde os trabalhadores e a identidade nacional ganhavam representatividade na figura do negro, do mestiço, dos retirantes. Nas pinturas de Portinari o social era a temática da obra, mas os pés e as mãos dos indivíduos é que ganhavam destaque como forma de demonstrar a importância do trabalho e do operário. Na década de 1940, Portinari filiou-se ao partido comunista e tentou se eleger, no entanto, não obteve sucesso ao tentar concorrer ao senado em 1947. Devido a pressão política proveniente do movimento de caça aos comunistas, Portinari saiu do Brasil e foi para o Uruguai, onde manteve o trabalho como pintor. A expressão do nacional, em particular a história social, ganhou centralidade no movimento muralista através de uma linguagem direta e um estilo realista. Assim como Diego Rivera, Portinari se preocupou com uma estética simples e expressiva, responsável por levar a arte com conteúdo crítico ao povo, e por isso a referência aos indígenas, aos negros, aos trabalhadores e as cenas cotidianas. Ambos criaram um estilo revolucionário, onde a rebeldia era o caminho de combater o legado de uma história nacional dominante e excludente da diversidade cultural e social, o que levou o movimento muralista e Cândido Portinari a se tornar referência no mundo.

A INDEPENDÊNCIA DA AMERICA DO NORTE (4 de julho de 1776)

A independência dos EUA foi um dos frutos do Iluminismo. Dia 4 de julho, é o dia em que é comemorada a independência da América do Norte. Você sabe o por quê?

No século XVIII, a América do Norte estava sobre o poder da Inglaterra. O sul era colônia de exploração, e o norte era uma colônia de povoamento. A Inglaterra não se importava com os colonos americanos e não cobrava impostos. Foi aí, que a colônia de povoamento, em especial os colonos do norte começaram a se tornar concorrentes no comércio de manufaturas dos ingleses. Além disso, a Inglaterra havia lutado na Guerra dos Sete Anos (1756/1763) contra a França. Porém mesmo saindo vitoriosa, a Inglaterra mergulhou em uma grave crise econômica. Os ingleses necessitavam de dinheiro para sair da crise do pós-guerra. Um dos caminhos era utilizar os lucros da colônia, afinal, a Inglaterra era a metrópole, o que determinou uma cobrança severa de impostos como alternativa de contornar a situação econômica. Na primeira taxa enviada pela metrópole os colonos foram proibidos de avançar nos territórios indígenas. Os colonos se revoltaram, e esse acontecimento impulsionou a idéia de se tornar independente e cortar os laços com os ingleses definitivamente. Os ingleses impuseram a Lei do Açúcar, onde, os impostos sob o açúcar, vinho, café, seda e roupas, nos portos de Boston foram aumentados. Os colonos tentaram impedir, mas não adiantou. Em seguida foi decretada a Lei do Selo, que determinava a todos os jornais, contratos e correspondências que circulavam na América do Norte, o selo do governo inglês. Dessa vez os norte-americanos foram violentos. Eles queimaram a casa onde ficavam os selos e criaram o lema: “sem representação não pode haver tributação”. E deixaram claro que se recusavam a pagar impostos, dos quais não foram consultados. A perda da autonomia, somada aos ideais iluministas impulsionaram a Revolução Americana! A Inglaterra acabou revogando a Lei do Selo. Mas impôs outra sobre o vidro, chumbo, tintas, papel e chá. Essa lei se chamava “Atos Townshend”. A reação veio rápido, 150 colonos se disfarçaram de indígenas, e invadiram três navios de chá que estavam no porto de Boston. Os colonos jogaram todo o chá no mar. Esse episódio ficou conhecido como a “Festa do Chá de Boston”. O porto de Boston foi fechado até que os colonos pagassem o prejuízo que causaram com o derramamento de chá. A Inglaterra decretou que, os colonos envolvidos seriam julgados pelo tribunal inglês, mas a resposta aos ingleses veio de outra forma. Os colonos fizeram uma reunião para escrever um documento para o rei da Inglaterra, pontuando a importância da autonomia e da liberdade como alicerce de um direito natural, o que lhes garantia o direito de romper as relações com a Inglaterra quando quisessem. A Inglaterra respondeu aumentando o número de soldados na colônia. Os ingleses tentaram destruir um depósito de armas dos colonos e a guerra pela independência teve inicio. Em 4 de julho de 1776 foi declarada a independência da América do Norte! A primeira colônia a se tornar independente da América.

TEXTO ESCRITO PELA ALUNA ISABELLA ZURKIN. 8º ANO ESCOLA BEIT MENACHEM

A Corte portuguesa chega ao Brasil

O fim do Império de D. Pedro I